[O racismo] existe e é abafado e escondido para que
se possa continuar a dizer que não existe, que tudo se resume a uns episódios
pontuais.
(…)
Perguntem às pessoas que se levantaram
para defender o direito à liberdade de expressão de um dirigente da
extrema-direita num canal de televisão, mas que não se deram ao trabalho de
gastar um segundo para ouvir as razões dos jovens que quiseram manifestar-se
pacificamente e sair da invisibilidade forçada.
(…)
A violência racista existe e, como tem
sido denunciado por organizações internacionais, as forças de segurança não lhe
estão imunes.
(…)
Defender as forças de segurança é
defender também a sua integridade, é saber que são compostas por homens e
mulheres de bem que merecem a nossa consideração e defesa.
O problema do SNS é que,
de há muitos anos, os governos escolheram não pagar e fingir que pagam.
(…)
Os privados não hesitam na
escolha de classe: se quem chega à urgência é pobre, vai recambiado para o hospital
público; se chega o teto do seguro, porta fora.
(…)
O Estado vai usando o
pouco [dinheiro] que tem para financiar o [setor] privado [da saúde], que em
2019 já absorverá 38% da despesa corrente.
Francisco
Louçã, Expresso Economia (sem
link)
Está ali [no despedimento
de Cristina Tavares] a expressão do velho "quero, posso e mando" dos
séculos XVIII e XIX, que associava à posse da empresa o "poder
legítimo" de o patrão dispor, como muito bem entendesse, de tudo o que
nela estava, inclusive os trabalhadores.
(…)
Numa atitude ignóbil e
fascista, afrontando a sentença do Tribunal e visando enxovalhar, humilhar e
vergar a trabalhadora, aquela entidade patronal colocou a Cristina num
"trabalho" absolutamente improdutivo.
(…)
Qualquer sindicato,
independentemente da orientação sociopolítica que o inspira, tem a obrigação de
agir na sua denúncia, de ser solidário com a Cristina Tavares e com o Sindicato
que a apoia.
A dependência política [da
CGD] mostrou-se na cedência a pressões para financiar projetos de interesse
público.
(…)
Se queremos a Caixa
pública, e queremos, ela tem de ser gerida com competência e lisura.
Pedro
Santos Guerreiro, Expresso (sem
link)
Não nos indignamos com a
miséria do bairro da Jamaica, mas indignamo-nos com a violência dos habitantes
do bairro da Jamaica.
Bruno
Vieira Amaral, Expresso (sem
link)
Uma Lei de Bases feita
para suportar este negócio perverso [dos privados com o SNS] seria continuar a
fraude de ter maus serviços públicos para garantir bons negócios.
Francisco
Louçã, Expresso (sem link)
Sim, as imparidades na
banca chocam e num banco público ainda mais.
Pedro
Adão e Silva, Expresso (sem
link)
Que me lembre, nunca foram
usadas [balas de borracha] contra uma manifestação [como aconteceu agora com os
manifestantes do bairro da Jamaica na Av. da Liberdade].
(…)
Basta irmos a Paris, a Los
Angeles ou ao Rio para percebermos com quantas jamaicas se faz um barril de
pólvora.
(…)
Vivemos uma falsa sensação
de segurança. Ela não nos é dada por uma sociedade justa e equilibrada, mas
pela invisibilidade de parte do país.
Daniel Oliveira, Expresso (sem link)
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