Nas principais empresas da bolsa portuguesa, nos últimos três
anos, o custo do trabalho esteve estagnado, mas o vencimento dos gestores
aumentou 40%.
(…)
Nos Estados Unidos, há cinco empresas em que os presidentes
executivos ganham mais de mil vezes o salário médio (médio!) que essa empresa
pratica.
(…)
Para ganhar o que ele [presidente executivo] ganha num mês, um
trabalhador da Manpower teria de trabalhar 167 anos.
(…)
As remunerações dos gestores não têm relação com o desempenho das
empresas, nem em termos operacionais nem em termos da sua cotação na bolsa.
(…)
Portugal é o quarto país da União Europeia com a maior
desigualdade salarial (a seguir à Polónia, Roménia e Chipre) quando comparamos
o decil dos salários mais altos e o decil dos mais baixos.
A
primeira responsabilidade [da violência no futebol] é de dirigentes que
constroem uma identidade clubística na base do fanatismo e do ódio.
(…)
O
futebol tem que ocupar toda a fantasia, tem que dominar a imaginação, tem que
ser viciante como uma droga, tem de ser omnipresente.
(…)
O
“pedroguerreirismo” da televisão do futebol é o carimbo para a violência no
futebol.
Francisco Louçã, Expresso Economia (sem link)
Coisas semelhantes [às que tiveram lugar em Alcochete] ocorrem
ciclicamente, segue-se uma onda de indignação e depois volta a velha
complacência de sempre: “são coisas do futebol”...
(…)
São coisas onde circulam legal e ilegalmente muitos milhões,
muito mais milhões do que em 90% das empresas portuguesas.
(…)
[As
coisas do futebol] são um maná para o poder
político que precisa de circo quando não há pão.
(…)
As claques de futebol dos grandes clubes são as únicas
associações de criminosos que funcionam à luz do dia.
Pacheco Pereira, Público (sem link)
A humanidade não é conferida pelo monopólio da escolha única;
pelo contrário, se há marca que nos torna humanos é justamente o livre arbítrio
num contexto de escolha múltipla.
Ana Cristina Santos, Público (sem link)
É evidente que este “desporto” [futebol] escalou para níveis
intoleráveis, mas que vão sendo tolerados, de corrupção e violência que bom
desfecho não poderão ter.
Pedro Santos Guerreiro, Expresso (sem link)
Ainda
há 243 mil casas sem água em Portugal.
Título do Expresso (sem
link)
[No
futebol], da paixão ao ódio, o pavio é curto. E do discurso do ódio à violência,
ainda mais curto.
Pedro Adão e
Silva, Expresso (sem link)
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