Quando
perdem a hegemonia, o prestígio e até a capacidade de subtilmente vergarem
terceiros à obediência, sem recurso nem necessidade à exibição das armas, os impérios recorrem à força nua. As guerras,
alguém o disse, constituem a bancarrota da política, pelo que quem à violência
sistemática recorre, ao invés de afirmar o seu poder, mostra precisamente que
já nada pode fazer sem lançar mão da força bruta.
Os EUA acabam de abandonar
unilateralmente o acordo nuclear com o Irão, um imenso disparate que poderá
desenvolver novas dinâmicas de tensão e até incidentes militares que poderão
levar a uma guerra generalizada no Médio Oriente. Talvez se esteja a montar o
cenário para a última guerra americana naquela região posto que, após tal
guerra, nem amigos, nem inimigos, nem actores neutrais jamais poderão confiar
na palavra do governo dos EUA.
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