É
de quase um milhão de euros a remuneração média dos presidentes executivos das
empresas do PSI 20. Este valor aumentou mais de 40% nos últimos três anos,
reflexo dos maiores lucros obtidos pelas empresas da bolsa. E é 46 vezes mais
alto do que o custo médio que as cotadas têm com os seus trabalhadores. Há três
anos essa diferença era de 33 vezes.
Pedro
Soares dos Santos, patrão do Pingo Doce é o caso que sobressai, ganhando 155
vezes mais que a média dos trabalhadores. No entanto, se tomarmos como
referência o salário base mais baixo da tabela da APED, a associação patronal
do sector a que a cadeia de supermercados preside – o salário mínimo nacional
–, a diferença sobe para 247 vezes.
«Muitos funcionários de supermercados sofrem problemas de saúde provocados pelo trabalho,surpreendentemente pesado. Vêem os seus horários serem alterados de um dia parao outro. Chegam a ser obrigados a almoçar na rua, no carro, na casa de banho.Isto a troco de salários paupérrimos - o ordenado de um operador de caixa no
topo da carreira é de 620 euros»
Em 2017, António Mexia, o CEO que mais
ganha na bolsa portuguesa, auferiu 2,29 milhões, mais 39 vezes do que o custo
médio da EDP com cada trabalhador. Há três anos, tinha ganho 1,15 milhões, mais
23 vezes do que os funcionários da empresa.
Sem comentários:
Enviar um comentário