OPINIÃO
Trinta e três anos ininterruptos no governo de uma autarquia é tempo de mais! Ainda por cima com maioria absoluta durante a maior parte dos mandatos.
Como alguém já afirmou, “a maioria absoluta mata o debate político” mas, para além disso, torna o poder dominante arrogante, autista, dominador e prepotente. Em Portimão chegou o momento de alterar esta situação, elegendo vereadores do Bloco de Esquerda para acabar com a maioria absoluta do PS e obrigar o PSD a definir-se. As críticas provenientes deste partido são, em geral, demasiado soft, incidindo apenas em questões laterais, para além da campanha eleitoral. Durante a vigência dos mandatos, o executivo da CMP funciona quase como bloco central.
Na Assembleia Municipal tem-se verificado que a força que mais denuncia as políticas desastrosas que o partido maioritário leva a cabo no concelho é o Bloco de Esquerda. Para além disso, muitas propostas, consistentes e válidas para a melhoria das condições de vida das populações de Portimão, são, sistematicamente, rejeitadas pela maioria apenas para mostrar que põe e dispõe.
Numa altura em que tanto e défice democrático em Portugal, Portimão também sofre desta maleita. Por que razão os ecrãs gigantes espalhados pelo concelho, pagos com o dinheiro dos munícipes, são, como que propriedade do PS? O mínimo que se exige é que lá sejam publicitadas as propostas de todas as forças políticas com representação em todo o concelho. Parece que, em Portimão, tal como aconteceu até agora no governo central, o PS também está com mentalidade de partido único.
Quem tem medo da democracia?
Luís Moleiro Santos (aderente do BE)
Boa tarde.E que propõem os senhores de esquerda?Gostaria de ouvir-vos dizer ao povo portimonense o que se propõem fazer e nã entrar em demagogias.Queremos realidade e não utopias.
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