sábado, 22 de maio de 2010

Ainda sobre os prémios dos gestores (parte CXXII)


Sobre esta questão, há uma dúvida que me ocorre - nessas empresas em que os gestores recebem prémios milionários, serão muito frequentes as situações em que, no fim do ano, chega-se à conclusão que os objectivos não foram atingidos e que, portanto, os gestores não receberão prémio?

Não nos esqueçamos que um prémio não é suposto ser um simples complemento remuneratório - a intenção é, exactamente, ser um prémio para um desempenho excepcional (e, quanto mais elevado o prémio, mais excepcional deverá ser esse desempenho); assim, se esses prémios milionários correspondem a objectivos excepcionais, quase por definição deve ser raro os gestores conseguirem atingir esses objectivos e receber o prémio; por outro lado, se quase sempre os objectivos são atingidos e os prémios atribuídos, isso poderá indicar que os objectivos pré-definidos não são nada de especial.

Note-se que eu não faço a mínima ideia sobre se os gestores da PT, EDP, Zon, etc. atingem ou não frequentemente os objectivos; estou apenas a especular.

Em Vias de Facto

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