Na conferência de imprensa de quinta-feira no ministério das finanças, apenas as três televisões tiveram direito a perguntas. E as medidas anunciadas pelo ministro foram diferentes da que as fontes do governo tinham antecipado na véspera à imprensa.
Afinal, em vez da sobretaxa de 1,5% incidir apenas sobre quem ganhe mais de 2375 euros mensais, Teixeira dos Santos anunciou que esse aumento é também para os que ganham mais de 1285 euros por mês, o que alarga em duzentos mil os agregados familiares afectados pela subida do IRS. Entre o salário mínimo e os 1285 euros, a sobretaxa será de 1%.
Numa simulação feita pela consultora KPMG para o Diário Económico, um casal com dois filhos e 28 mil euros de rendimento bruto anual pagará mais 38,3% de IRS do que o que pagaria com o actual Orçamento de Estado. Se o mesmo casal ganhar 100 mil euros anuais brutos, o aumento seria de 5,1%. No caso do contribuinte solteiro com rendimento de 17.500 euros, vai pagar mais 25%. Mas se tiver 35 mil, paga mais 6,2% com a nova sobretaxa.
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