Quando a
legalidade constitucional, cuja defesa é o seu único mandato, e a
excecionalidade imposta do exterior entraram em choque, Cavaco Silva expressou
sempre com clareza a sua prioridade: impedir que a Constituição incomode os
mentores do estado de exceção.
Os 6 mil milhões a menos no
défice significaram 52 mil milhões a mais na dívida pública, ou seja, por cada
euro retirado ao défice, a dívida aumentou 8,67 euros.
(…)
Os efeitos da austeridade e
da recessão são cumulativos.
(…)
Quanto mais prolongada a recessão,
a duração do desemprego, a emigração forçada e a ausência de condições para
garantir investimento público e privado, mais difícil se torna a recuperação
futura.
(…)
Só um mestre na arte da
dissimulação e da charlatanice "de Estado", de vender gato por lebre,
podia apresentar aquele cardápio de banalidades neoliberais como "Guião
para a Reforma do Estado"
Hoje, um dos principais bloqueios, se não mesmo o principal
bloqueio político em Portugal, é precisamente a incapacidade de convergência
que assola os três partidos da esquerda: PS, PCP e BE.
São
José Almeida, Público (sem
link)
Este papel [guião para a reforma do Estado] de Portas não é
tomado a sério por ninguém, a começar pelos seus colegas do Governo.
(…)
O documento retrata bem o vazio de pensamento desta geração de
políticos, o entranhamento do "politiquês" como linguagem, os
slogans, e a completa falta de vergonha em nos enganar por regra e sistema,
como quem respira.
Pacheco
Pereira, Público (sem
link)
É claro que o guião da reforma do Estado não tinha como função
reformar coisa alguma. Foi uma encomenda de Passos para entalar Portas.
Daniel
Oliveira, Expresso (sem
link)
O mesmo Governo que prometeu combater o Estado paralelo tem como
objectivo criar um universo de mercados, dependentes do Orçamento do Estado.
Pedro Adão e Silva,
Expresso (sem
link)
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