domingo, 22 de dezembro de 2013

NOBEL STIGLITZ AFIRMA



Joseph E. Stiglitz, conhecido como um “perigoso esquerdista” americano, Prémio Nobel da Economia e professor na Universidade da Califórnia, assina este sábado um artigo no Expresso Economia, do qual extraímos as seguintes ideias base:
Já se passaram três anos desde a eclosão da crise do euro e só um otimista inveterado diria que claramente o pior já passou.
(…)
Grande parte do projeto do euro reflete as doutrinas económicas neoliberais que prevaleceram quando a moeda única foi delineada.
(…)
A crise fez com que os défices e a dívida aumentassem, e não o contrário, e as restrições orçamentais que a Europa aprovou não facilitam a rápida recuperação da crise, nem impedem a próxima.
(…)
A desvalorização interna – redução dos salários e dos preços internos – não substitui a flexibilidade da taxa de câmbio.
(…)
Se a desvalorização interna fosse um bom substituto, o padrão-ouro não teria sido um problema durante a Grande Depressão [anos 30].
(…)
Nunca nenhum país restituiu a prosperidade através da austeridade.
(…)
Com um crescimento global sem grande entusiasmo, as exportações não irão devolver a Europa e a América à prosperidade nos próximos tempos.
(…)
O euro deveria trazer crescimento, prosperidade e um sentido de união à Europa. Em vez disso, trouxe estagnação, instabilidade e divisão.
(…)
Se a Alemanha e outros não estiverem dispostos a fazer o que é preciso – se não houver solidariedade suficiente para fazer a política funcionar – então o euro pode ter de ser abandonado para salvar o projeto europeu.

Sem comentários:

Enviar um comentário