quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O PIOR ANO DESDE O FIM DA DITADURA



O ano que agora está prestes a terminar terá sido o pior que os portugueses viveram desde o fim da ditadura. Não são necessárias estatísticas oficiais, ou não, para sabermos que nos encontramos perante uma verdade incontornável. De qualquer maneira, o número de portugueses que emigraram (cerca de 120 mil), só comparável ao que sucedeu nos anos 60 e 70 do século XX, para fugirem à guerra colonial e à pobreza, é suficiente para nos dar a dimensão da calamidade que se abateu sobre nós, após as criminosas medidas de austeridade levadas a cabo pelo Governo Passos/Portas depois do pontapé de saída dado pelo PS de Sócrates. Apesar disto, tudo indica que, daqui a um ano, cheguemos à conclusão de que 2014 ainda terá sido pior que 2013, caso os portugueses não consigam correr com o actual Governo e, sobretudo, não se inverta o rumo das actuais políticas. Que fique claro: mudar os protagonistas no poder nada altera de significativo caso o rumo político permaneça ainda que com matizes menos agressivos.
Manuel Loff escreve hoje no Público sobre a acção do Governo durante este ano, numa abordagem que vale a pena ler:
Está a acabar o pior ano na vida dos portugueses nos últimos 30, aquele em que mais perdemos direitos e bem-estar, por comparação com o passado imediatamente anterior, desde a II Guerra Mundial.
Cento e vinte mil portugueses emigraram. Tanto quanto nos piores anos da vaga migratória dos anos 60 e 70, quando se fugia à guerra em África e à pobreza em Portugal. Os nossos natais voltaram a parecer-se com o que sempre foram até há 30 anos: emigrantes que voltam por uns dias, lágrimas e dor, a sensação de que este país não chega para todos... Qualquer retórica sobre a recuperação económica ressoa cinicamente aos ouvidos de quem continua desempregado, de quem viu subsídio cortado, de quem vê os filhos partirem. Mas é verdade que:
1. O Governo não caiu, mas sabe bem que não tem sustentação social mínima. Em julho, Vítor Gaspar, o mago das Finanças, disse-o quando abandonou o barco: “Há uma erosão significativa no apoio da opinião pública às políticas necessárias ao ajustamento orçamental e financeiro.”
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