terça-feira, 30 de setembro de 2014

GRÉCIA: OS NÚMEROS DO TERRORISMO NEOLIBERAL


A intervenção da troika na Grécia e as medidas de austeridade aplicadas provocaram o caos na vida dos cidadãos helénicos, sujeitos a uma autêntica barbárie neoliberal. Os números seguintes constituem um rol impressionante do inferno em que se transformou a sobrevivência das pessoas naquele martirizado país, berço da cultura europeia.
Para ler e reflectir.

- Desemprego subiu acima dos 27%.

- 3,5 milhões de pessoas sustentam os 4,7 milhões de desempregados e inactivos que a crise criou.

- 1 milhão de pessoas perderam os seus empregos (11M hab).

- 30% das empresas fecharam.

- Redução de 38% nos salários.

- 35% da população está em risco de pobreza (465 mil crianças são consideradas pobres).

- 20% estão em severa privação material.

- Perda de 25% do PIB (Produto Interno Bruto).

- Redução de 30% no rendimento familiar.

- 35% dos lares tem dívidas ao Estado, bancos, segurança social, água ou electricidade e 42% dizem que não as conseguirão pagar.

- 42,8% de aumento da mortalidade infantil.

- Aumento de 190,5% no desemprego.

- 25% dos trabalhadores não recebe o salário a tempo e horas.

- Aumento de 272,7% na depressão.

- A procura de serviços de doença mental aumentou 100%.

- Aumento de 35,5% da dívida pública.

- Diminuição de 84,3% na actividade de construção.

- Aumento de 98,2% nas taxas de pobreza.

- Quase metade das famílias depende dos pensionistas para sobreviver, mas as pensões foram cortadas 25% desde 2011 e vai a caminho de serem cortadas em 50%.

- 2 pessoas cometem suicídio todos os dias.

- Desemprego subiu acima dos 27%.

- A eléctrica corta a electricidade a 30 mil lares por mês; a electricidade subiu 19%.

- A rede de segurança social foi de tal forma cortada que só 15% dos 1,4 milhões de desempregados recebem subsídio.

- O HIV (+200%), tuberculose e nados-mortos estão a subir consideravelmente graças a cortes e às machadadas no sistema de saúde. A malária regressou.

- Milhares de pessoas esperam em filas para receber refeições em Atenas: 30 mil são servidas por dia.

- O aumento do óleo de aquecimento significa o regresso dos fogões a madeira, criando smog tóxico em Atenas.

- Em alguns hospitais os doentes têm de comprar os seus próprios medicamentos e gaze, ao serem admitidos.

- Crianças desmaiam nas escolas por causa da fome. Em algumas zonas no norte os pais não as deixam ir à escola em dias frios porque estas não têm aquecimento.

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO ALGARVE, UM TEMA A NÃO ESQUECER





A possibilidade de exploração de petróleo e gás natural muito perto da costa algarvia pode vir a ser fatal para a indústria turística da região, alerta a Quercus. Os algarvios precisam estar muito atentos para que a sua terra não se transforme numa zona a rejeitar, tanto pelos autóctones como por aqueles que agora a visitam.  

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

UM ANO DA LEI DE COMBATE AOS FALSOS RECIBOS VERDES




A Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis organizou uma iniciativa para debater o combate aos falsos recibos verdes, com o objectivo de perceber melhor qual a situação actual e o que é necessário mudar. A iniciativa contou com a presença de Jorge Leite (especialista em Direito do Trabalho), Jorge Pinhal (responsável na Autoridade para as Condições do Trabalho), Sara Dias de Oliveira (advogada) e Tiago Gillot (Associação de Combate à Precariedade).
A nova lei de combate aos falsos recibos verdes representa um primeiro passo para proteger precários e precárias, facilitando a regularização das situações e o reconhecimento de direitos. No momento em que se cumpre um ano da entrada em vigor da Lei 63/2013, é importante conhecer e debater como está a ser aplicada esta nova legislação. Esta lei rompeu com a impunidade de décadas, que se entranhou na sociedade portuguesa, mas há muito por fazer para erradicar um fenómeno de tão grande dimensão e gravidade. Um ano depois da sua aplicação, é altura para um debate informado e com sentido nas mudanças necessárias.

GENTE DO GES NO BLOCO CENTRAL, SÓ VISTO!





Governos PS/PSD/CDS e Grupo Espírito Santo - é só contá-los.
Alguém imagina que a esmagadora maioria destes figurões foi para o Governo defender apenas os interesses do povo?... Acreditar nisso é acreditar que o Pai Natal existe.

domingo, 28 de setembro de 2014

CORTES EM DIREITOS SOCIAIS CONTESTADOS TAMBÉM NA GALIZA




A Assembleia dos Movimentos Sociais de Vigo convocou este sábado, 27 de Setembro, uma manifestação contra o corte das ajudas sociais de emergência dependentes da Junta e do Concelho.
Na Galiza como cá, aí estão os efeitos das políticas neoliberais no seu pior – o empobrecimento generalizado da esmagadora maioria da população em favor da intumescência dos bolsos de poucos.
O fim do Estado Social é o cartão de visita do terrorismo neoliberal.

sábado, 27 de setembro de 2014

O ESTADO DA EDUCAÇÃO EM PORTUGAL


O estado da educação em Portugal foi o tema de um programa “Opinião Pública” que a SIC transmitiu esta semana. Em análise as conclusões de um estudo sobre este tema. O que falta fazer para combater o insucesso e abandono escolar e conseguir reduzir o analfabetismo? O convidado foi Paulo Peixoto, coordenador do Observatório das Políticas de Educação.
O abandono escolar precoce é uma das chagas do ensino em Portugal e o seu combate não pode ter sucesso com o desinvestimento na educação traduzido na percentagem do PIB consagrada a este sector, a qual passou de 5,6% para 4,9%.
Devido ao abandono escolar (20% em Portugal comparado com os 11% na UE) não está a ser garantido o cumprimento da escolaridade obrigatória de 9 anos. Actualmente, este valor situa-se em pouco mais de 7 anos.
Os desenvolvimentos da análise deste tema Aqui 

CITAÇÕES


A direita governamental tem sido exímia na construção de uma relação de cinismo para com as regras da democracia política e social.
(…)
Agora o cinismo da direita governamental ganhou outra ferramenta: o pedido de desculpas.
(…)
Nuno Crato e Paula Teixeira da Cruz lesaram gravemente os direitos fundamentais de milhares de cidadãos.

Os princípios e práticas do neoliberalismo que nos "governa" renegam não apenas a valorização e universalização do SMN [salário mínimo nacional], mas até a sua existência.
(…)
Se recordarmos a Agenda do Trabalho Digno da OIT, há que evitar práticas salariais próximas da linha da pobreza.
(…)
O Governo não tem o direito de utilizar dinheiros da Segurança Social para contrapartidas aos patrões.
(…)
Impõe-se um amplo combate ao desemprego, à precariedade, ao trabalho não declarado, a falsos horários reduzidos que servem para não se cumprir o SMN.

Quebrar o silêncio, impedir que a impunidade continue, defender um povo aprisionado e martirizado em Gaza é defender que a dignidade e os direitos humanos devem ser condições básicas da existência de qualquer pessoa.
Marisa Matias, Diário As Beiras

[Na Escócia] pela enésima vez, o medo (descrito como ”realismo”) funcionou como instrumento decisivo de condicionamento da decisão democrática.
Manuel Loff, Público (sem link)

Em vez de os partidos se precipitarem a copiar o PS, talvez fosse melhor refletirem se as primárias são uma vantagem ou um problema.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)

O primeiro-ministro andou a ganhar tempo para nos dar uma resposta tecnicamente aceitável mas factualmente inverosímil.
Daniel Oliveira, Expresso (sem link)

Passos perdeu a castidade. Uma história mal contada de dinheiros é uma história que vai e volta.
Pedro Santos Guerreiro, Expresso (sem link)

Quem não deve não teme e, podendo demonstrar a sua seriedade, não pede a outros que o façam.
Fernando Madrinha, Expresso (sem link)

O país está a caminho da irrelevância. E quem tiver paciência, pode ir para a janela assistir ao desmanchar da feira.
Nicolau Santos, Expresso Economia (sem link)

O problema é do regime e do poder que se constituiu, mais do que dos políticos e partidos em geral.

[Passos Coelho], um missionário. Quase Madre Teresa.

O estado deve assumir os seus compromissos financeiros, mas desde que os possa honrar de forma sustentada.

Madame [Lagarde] vive noutro mundo e não sabe nada de Portugal.
Clara Ferreira Alves, Revista Expresso (sem link)