domingo, 21 de setembro de 2014

GASPAR NÃO PAGA IMPOSTOS…


Aqueles que têm o sentido cívico do cumprimento das suas obrigações fiscais e os que não o tendo, não têm forma de fugir, vivem esmagados pelos impostos. Sobretudo a classe média ficou no olho do furacão após o antigo ministro das Finanças pôr em prática em 2013 o “enorme aumento” de impostos. Depois disso, continuámos a sentir os efeitos do peso implacável da máquina fiscal cuja acção é altamente responsável pela recessão em que vivemos. Muitos dos que antes defendiam o “enorme aumento” de impostos são os mesmos que agora acham que se foi longe demais.
É bem provável que, com a aproximação das eleições de 2015, se venha a assistir a um pequeno alívio em áreas de pouca importância mas com efeito propagandístico garantido. Mas, não tenhamos ilusões que, a manterem-se este Governo e, sobretudo, estas políticas, ainda que implementadas por outros protagonistas, o inferno fiscal vai continuar para a maioria dos portugueses.
Entretanto, muita gente poderosa que apoiou a carga fiscal implementada por este Governo, usou, como bem sabemos, todas as artimanhas possíveis, incluindo ilegalidades monstruosas, para se escapar ao pagamento de impostos. Sem falcatruas, a verdade é que, o principal impulsionador do “enorme aumento” de impostos, Vitor Gaspar, trabalha agora “para uma organização internacional” onde não os paga como refere Nicolau Santos no seguinte texto que transcrevemos do Expresso Economia de ontem. 
Pagar impostos é uma obrigação para quem vive em sociedade. Mas é essencial que os cidadãos percebam que é justo aquilo que estão a pagar em troca do que recebem do Estado. Além disso, para que a relação seja respeitada, é essencial que o fisco não abuse da posição dominante em que se encontra. Ora, desde que o ex-ministro das Finanças, Vitor Gaspar, pôs em prática o “enorme aumento” de impostos de 2013 essa relação tornou-se completamente desequilibrada. Os cidadãos sentem que estão a pagar muito mais do que recebem e quase só trabalham para alimentar o apetite sôfrego do fisco; e este comporta-se como os ladrões que disparam primeiro e perguntam depois. Cobra multas e taxas verdadeiramente agiotas; cobra o que lhe é devido e o que não é, ficando o ónus da prova do outro lado, impede a recuperação de empresas; e trata todos os contribuintes como delinquentes. Entretanto em Washington, Vitor Gaspar trabalha tranquilamente para uma organização internacional, onde não paga impostos. O mundo é perfeito. Os outros vivem esmagados pela perfeição.  

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