A Europa concreta, aquela que é dois terços da
troika, tem sido a principal artífice do desmantelamento do sistema português
de investigação científica.
(…)
Foram as imposições dessa Europa concreta em
matéria orçamental que justificaram cortes de cerca de 26 milhões de euros no
financiamento de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento, fazendo o País
regredir.
"Reformas
estruturais" se traduz em mais fragilização das condições de trabalho e
mais liberalização do mercado de trabalho, corte nos salários e nas políticas
de proteção social, e tentativa de aniquilação dos sistemas públicos e
universais da segurança social e da educação.
(…)
Os
debates entre António Costa e António José Seguro mostram-nos que o Partido
Socialista vai, no geral, na onda do desastroso rumo que está a ser preparado
para a UE.
(…)
Em
Portugal é mesmo preciso Esquerda, que se afirme com seriedade e compromisso,
que se articule para responder aos anseios do povo e às exigências de futuro de
um Portugal livre, independente e desenvolvido.
[Carlos
Moedas] ficar com uma pasta para a qual não se lhe reconhecem competências,
associado ao facto de ter feito parte do governo que mais fez para destruir a ciência
em Portugal, é apenas a cereja em cima do bolo
(…)
A
Europa fortaleza, amiga da especulação, conservadora, defensora dos grandes
interesses privados e a definhar economicamente também se quer inculta e
acrítica.
Marisa
Matias, eurodeputada BE
Os mercados financeiros que gerem
actualmente o mundo gerem-no mal. Sem repensar os mercados financeiros não há
solução para a crise económica.
(…)
Simplificando o discurso sobre a
disfuncionalidade dos mercados financeiros(…): se alguém em algum lado está a
fazer dinheiro sem trabalhar, alguém em algum lado estará a trabalhar sem fazer
dinheiro. E isso é fundamentalmente errado e socialmente odioso.
Gustavo Cardoso, Público (sem link)
O capitalismo tende a impor uma
sociedade de consumo e a criar uma globalização de cidadãos que devem estar
predispostos a consumir, abdicando da reclamação e do confronto de interesses
ou de posições.
António Pinto Ribeiro, Público (sem link)
Subjuga-se assim ao discurso do
poder que considera que em Portugal não se pode ser Primeiro-ministro pondo em
causa sem ambiguidades a bondade do Tratado Orçamental, para a Europa, para
Portugal (ainda mais) e para o socialismo e a social-democracia (aí em
absoluto).
Pacheco
Pereira, Público (sem link)
[Marinho Pinto] é
paradigmático, pois em menos de um mês revelou que estava em Bruxelas por causa
do ordenado, traiu o partido que o elegeu e admitiu que o que quer é chegar a
ministro ou até a Belém.
A Alemanha e a França fizeram
de nós o que quiseram, os maiores bancos safaram as suas obrigações seniores e
o Banco de Portugal e o Novo Banco contrataram-lhes bancos (o Deutsche e o BNP
Parisbas) para resolver o problema.
Pedro Santos Guerreiro, Expresso (sem
link)
A principal questão que hoje
enfrentamos não é verdadeiramente sobre o capital do século XXI. É sobre a
democracia do século XXI.
Joseph Stiglitz, Expresso Economia (sem link)
Um rapaz como Relvas ou como
Vara seria dificilmente tolerado por um Marcelo Caetano mas no tempo democrático
tudo era possível e uns confundiam-se com os outros.
Clara Ferreira Alves,
Revista Expresso (sem link)
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