Qualquer
que seja a temperatura que vá além do aquecimento global de 1,5º C aumenta
exponencialmente o risco de cheias, calor extremo, tempestades e, com isso,
centenas de milhões de pessoas arrastadas para a pobreza extrema.
(…)
Somos
nós, mas serão sobretudo os nossos filhos e netos que pagarão o preço mais caro
da destruição do planeta se não se arrepiar caminho.
(…)
A relevância
deste tema é simplesmente a base da nossa própria vida.
(…)
Tanto se fala de migrações e ignora-se que, muitas
delas, são já resultado da pobreza gerada pelas alterações climáticas, como a
falta de água, a falta de alimentos ou a secura extrema.
(…)
Os governos
estão a responder às alterações climáticas mais ou menos como responderam à
crise financeira: ignoram a existência do problema até que seja tarde demais.
Um
governo populista-fascista precisa de inimigos e de cheiro a pólvora.
(…)
Num
regime em desagregação, como o brasileiro, um fascista só se impõe com golpes
de teatro e de canhão.
(…)
Para
os donos do Brasil, pobre na Universidade é sacrilégio, empregada doméstica com
salário mínimo é afronta, respeito pelas pessoas é atrevimento.
(…)
No
Brasil, onde a mulher pode ser presa por aborto, o feminicídio é a banalidade
social, 12 mulheres mortas e dez violações coletivas por dia, 500 agredidas em
cada hora.
Francisco Louçã, Expresso Economia (sem link)
Por que razão a Democracia é tão vulnerável aos seus
inimigos, nutrindo-os no seu seio, até ao ponto de se lhes entregar?
(…)
Bolsonaro não existiria, como candidato presidencial com
fortes possibilidades de vencer, se os poderes dominantes no Brasil não tivessem
dado o golpe da demissão de Dilma Rousseff e se não tivessem colocado um dos
grandes corruptos do Brasil - Michel Temer - na presidência.
(…)
A Democracia se não for exercitada perde rapidamente
densidade e morre.
(…)
Para privilégios tradicionalmente organizados na direita
dita liberal-democrata, a Democracia é um instrumento descartável em caso de
necessidade, desde logo, quando existem movimentos populares credíveis que
ameaçam os seus privilégios.
O
país precisa de uma Lei do Clima onde os compromissos perdurem e sejam
assumidos no quadro parlamentar à semelhança do que está a ter lugar noutros
países,
Francisco Ferreira, Expresso (sem link)
Há
um elemento comum na agenda de todos os populistas de direita: mais Estado para
reprimir os pobres e as minorias, menos Estado para taxar os ricos.
(…)
Foi
Passos Coelho e o PSD, não foi Pinto Coelho e o PNR, que credibilizaram André Ventura,
já na pole position dos Bolsonaros
portugueses.
Daniel Oliveira,
Expresso (sem link)
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