O programa económico [da direita] é a sua fragilidade: o
esvaziamento da democracia é a forma política da imposição de um programa de
punição do trabalho e de favorecimento das novas e das velhas elites.
(…)
Que a direita portuguesa – salvo raríssimas exceções – seja
indisfarçadamente bolsonarista mostra como a sedução autoritária está em
crescendo também por cá.
É a primeira vez em gerações que nos encontramos cara a cara com
os fantasmas das ditaduras passadas.
(…)
O medo é uma arma poderosa, e não há ativista de direitos
humanos no Brasil que hoje não tema pela sua vida.
(…)
No fundo, quase toda a gente tem uma razão para rejeitar o
obscurantismo, o problema é acreditar na alternativa.
(…)
O fascismo não é obra de um louco, mas da legitimação da sua
loucura.
(…)
Não há neutralidade contra o fascismo.
Joana Mortágua, Público (sem link)
Vamos perder o Brasil por alguns anos de ferro e fogo, se
Bolsonaro ganhar as eleições, processo em que se sabe como vamos entrar, mas
não se sabe como vamos sair.
(…)
[Bolsonaro] vai deixar um rastro de mortos, bandidos e
inocentes, porque é de sua natureza fazê-lo.
Pacheco Pereira, Público (sem link)
A liberdade democrática existe para escolher os caminhos que
pretendemos seguir, não para cortar as pernas de quem quer caminhar.
(…)
Não se queima uma floresta para que não nos roubem uma árvore;
não se destrói uma sociedade para lhe impor outra por cima.
Pedro Pereira Rodrigues, Público (sem link)
Em média, países abundantes em recursos naturais têm registado
menos crescimento económico do que os restantes países.
(…)
Os países com menos qualidade nas suas instituições [são] os que
sofrem mais a maldição
dos recursos naturais e que consequentemente têm um pior desempenho.
Ana Costa, Público (sem link)
[Cavaco] sempre gostou de falar e agir como se fosse alguém que
está acima dos outros.
(…)
[Cavaco é] um homem tão sem sentido de Estado que se serve dos
encontros com os primeiros-ministros para revelar o que pensa do carácter dos
seus convidados, o que dá nota do seu íntimo, se o tem.
(…)
[Cavaco] foi um dos políticos mais opacos de Portugal e invoca a
transparência para fazer ataque ao carácter dos outros.
(…)
O livro que [Cavaco] acaba de publicar é um ajuste de contas. E
tal como o anterior é um depósito de fel contra adversários.
Domingos Lopes, Público (sem link)
O insucesso da redistribuição [da riqueza em Moçambique]
significa que serviços e infraestrutura (saúde, educação, transporte, água,
energia) estão longe de ser um bem ao alcance de todos.
(…)
As empresas multinacionais que exploram os recursos minerais na
província [de Moatize] gozam de regimes tributários especiais, a troco de uma
comparticipação mínima no crescimento do bem-estar das populações locais.
Maria
Paula Meneses, Público (sem
link)
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