Onde quero chegar é à constatação de que a violência neofascista
já está entre nós e que tem sido, basicamente, ignorada ou desvalorizada.
(…)
A extrema-direita que começou a reentrar timidamente no espaço político
europeu no final do século passado, está agora, no início deste século, em
clara fase ascendente.
(…)
A violência neofascista afeta a sociedade como um todo, mas é inegável que
grupos específicos, como negros, judeus, muçulmanos, ciganos, nacionais de
países terceiros, pessoas LGBTI e pessoas com deficiência são as mais
martirizadas.
(…)
Na raiz deste projeto estão a defesa da
repressão, a limitação das liberdades individuais e a obediência absoluta à
autoridade personificada por uma figura ou um partido.
(…)
Os dias que correm são diferentes, mas
alertar para os perigos do crescimento dos fascismos não é um exagero, é uma
obrigação.
Uma Comissão [Europeia]
moribunda ameaça um governo populista [italiano] que já se sabe que vai
responder em fanfarra.
(…)
Em 2015, a Comissão
puniu a Grécia com austeridade para evitar a contaminação. Contra a Itália a
coisa fia mais fino.
(…)
A França teve um “défice
excessivo” desde 2009 até 2018, sem que nenhum ano tenha corrigido as contas, e
até se propõe agravar o défice em 2019.
(…)
Talvez notem que há uma
forma de igualdade que é garantir um serviço essencial para toda a gente e
outra forma de igualdade que é todos pagarem propinas elevadas se tiverem
dinheiro para isso.
Francisco
Louçã, Expresso Economia (sem
link)
Não é preciso ser dotado de visão de grande
alcance para vislumbrar um abrandamento do crescimento económico à escala
mundial, a que se pode somar a retirada dos estímulos do Banco Central Europeu
e o surgimento de outros acontecimentos perturbadores.
(…)
Há onde ir buscar ideias e forças para um
programa capaz de virar, de forma gradual mas consistente, a página do
empobrecimento e do declínio.
No caso brasileiro, mas também americano e europeu, o vírus do
fascismo explica-se quer pela fraca escolarização e consciência política dos
cidadãos, quer pela decepção dos povos relativamente aos casos de corrupção no
meio político.
(…)
A verdade histórica dirá que Michel Temer foi o barqueiro que
fez transitar a democracia brasileira para um regime que, sem eufemismos, é
fascista.
(…)
O degradar das instituições democráticas brasileiras coincide
com a chegada ao poder de Donald Trump.
António Carlos Cortez, Público (sem link)
O caso [Tancos] tornou-se uma escadaria política, que a cada semana
sobe um degrau.
(…)
A imparcialidade é um dever, a neutralidade é cobardia.
Pedro
Santos Guerreiro, Expresso (sem
link)
[Cavaco] acabou incapaz
de perceber os sinais da sociedade, não antecipando a “geringonça” que se
estava a formar diante dos seus olhos.
Pedro
Adão e Silva, Expresso (sem
link)
Todos perceberam que ele
[Bolsonaro] é a violência do poder na sua forma mais pura.
Daniel
Oliveira, Expresso (sem
link)
Como é possível, pois,
que a Lei de Bases da Habitação que Helena Roseta preparara durante meses de
audições e debates tenha visto a sua votação adiada no Parlamento?
Luísa Schmidt, Expresso (sem link)
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