De facto, se o trabalho sexual não é trabalho, é o quê?
(…)
Numa sociedade marcada por desigualdades de classe e de género, a
escolha de uma atividade nunca é plenamente voluntária.
(…)
É justamente no trabalho que as desigualdades com base na origem socioeconómica,
no género, na raça ou noutros fatores de desigualdade são mais marcadas, mais
condicionam as escolhas e mais se interseccionam.
O capitalismo sempre estigmatizou o descanso e o ócio como “improdutivos”.
(…)
O sono é um reduto da nossa reserva pessoal e isso é
desqualificado pela máquina massificadora que é o capitalismo.
(…)
A desumanização do tempo é uma marca do produtivismo em que
vivemos.
No plano do crime, a legislação precisa de evoluir e adaptar-se
a esta nova realidade, mas a regra é sempre a mesma: o que é crime cá fora é
crime lá dentro [das redes sociais].
(…)
Nada tenho contra as tempestades de resposta - quem não se sente
não é filho de boa gente - mas sou completamente contra a censura.
(…)
O problema do que hoje se está a passar nas “redes sociais” e
nas páginas de comentários não moderadas é o completo falhanço de várias
instituições do Estado e da sociedade.
(…)
A verificação sistemática, continuada e séria é a melhor maneira
de combater as fake news.
(…)
A última coisa que quero é que o Estado ou as grandes empresas
tecnológicas, que fazem o mal e a caramunha, me “protejam” do ruído do mundo e
me tratem como uma criancinha.
Pacheco Pereira, Público (sem link)
O que está em causa em mais um assassínio de uma a mulher pelo
marido obriga a reflectir não apenas sobre a necessidade de limitar o direito à
posse de armas, mas também de rever os critérios penais sobre os agressores de
violência doméstica.
São José Almeida, Público (sem link)
Recorde-se que a hostilidade entre muçulmanos e judeus não é uma
inevitabilidade histórica, pois, em muitos aspectos, estão mais próximos entre
si do que em relação aos cristãos.
Narciso Machado, juiz jubilado,
Público (sem link)
Como Mandela afirmou, as nossas escolhas, as nossas ações e a nossa
coragem devem refletir os nossos sonhos e esperanças de justiça social, e não
os nossos medos.
Maria Paula Meneses, Público (sem link)
Através da sua mais recente “reforma” legislativa, o Governo
[polaco] pôs efectivamente todos os braços do sistema judicial – incluindo o
Tribunal Constitucional, o Conselho Nacional judicial e os tribunais comuns –
sob controlo político.
Barbora
Cernusakova, Público (sem link)
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