terça-feira, 11 de setembro de 2018

ENTREVISTA DE MARIANA MORTÁGUA AO “EXPRESSO”


De uma entrevista a Mariana Mortágua publicada na edição do “Expresso” deste sábado retirámos as seguintes afirmações da deputada do Bloco de Esquerda, por as considerarmos mais significativas.  
- Este ano houve alguma falta de empenho do Governo para que as negociações [do OE] pudessem acontecer de forma antecipada.
- É óbvio que a negociação em cima do Orçamento tem menos capacidade para reflexão e troca de posições.
- O governo tem falado em várias línguas em diferentes momentos. O que não impede importantes avanços como a descida do IVA do gás e da electricidade.
- Não desistiremos da proposta que apresentamos [sobre rendas de energia] e que o Governo, à última hora chumbou.
- Os orçamentos analisam-se no seu conjunto e devemos evitar colocar todo o peso numa medida.
- É possível um novo aumento de pensões em Janeiro, com um mínimo de dez euros.
- Os professores têm direito a que estes anos sejam contados.
- As declarações do ministro [da Educação] não foram um bom ponto de partida nem um bom marco nestas negociações [com os sindicatos]
- A avaliação do OE faz-se pelo acordo e pelo conjunto dos progressos que tem.
- Muitas propostas [do BE] não foram bem sucedidas porque o PS não quis ir mais longe. Isso dia mais sobre o PS do que outra coisa.
- Houve avanços no fim dos cortes [na função pública], no descongelamento das carreiras.
- Quando fizemos o acordo na Câmara de Lisboa, ficou assente a necessidade de haver um apoio aos passes sociais e à mobilidade na área metropolitana.
- [Este acordo] é óbvio que deve abranger todo o país.
- Defendemos um reforço do investimento público. E há duas preocupações essenciais: transportes e saúde.
- Despeja-se um jarro de verbas [no sistema de Saúde] e elas vão todas para o privado.
- É preciso muito mais dinheiro para a Saúde!
- É preciso uma nova lei de bases [da Saúde] que proteja o SNS da predação privada.
- O Governo começou mal, ao apontar um grupo de trabalho para encontrar uma alternativa e para evitar debater esta lei [de bases da Saúde proposta por João Semedo e António Arnaut].
- Não há nada na lei de bases  [da Saúde] que ponha em causa as contas públicas.
- Neste momento, o ministro [das Finanças] tem na sua cabeça mais preocupações com a sua carreira internacional do que, propriamente, com o OE em Portugal.
- Centeno é uma força de bloqueio a mais avanços dentro do Governo.
- A centralização no ministro das Finanças acaba por prejudicar e servir de bloqueio a uma série de investimentos que são muito necessários ao país.
- Portugal não tem nada que ir além daquilo que Bruxelas acha necessário apenas para ficar bem na fotografia e o ministro melhorar a reputação para a sua carreira internacional.  


- É um facto que, no último ano, o Governo preferiu agir de forma a criar algum choque com os seus parceiros.
- Há uma postura um pouco mais arrogante [do Governo] há alguns meses.
- O Bloco conseguiu mostrar nesta legislatura que estava disponível para encontrar soluções à esquerda, para negociar, preparar medidas e assumir responsabilidades.
- O programa político é sempre mais importante do que qualquer lugar e qualquer geometria variável.
- Nos temos certezas sobre o nosso programa e sobre o que queremos para o país.
- As maiorias absolutas no passado, do PS e do PSD, não nos trouxeram grandes legados.

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