O papel dos exames é
ignorar o contexto para seriar os alunos como numa competição.
(…)
A inutilidade pedagógica
[dos rankings] é proporcional à propaganda gratuita que dão aos colégios
privados.
Joana Mortágua, Expresso (sem link)
No que
chamamos os usos públicos do passado, este é narrado [na Polónia] de forma
adequada às visões e às propostas políticas para o presente e o futuro,
sobretudo às daqueles (o Estado, as classes dominantes) que são mais capazes de
as impor.
(…)
A Polónia não foi exceção na lógica social e concetual do genocídio
[nazi]: a sua viabilidade dependeu mais da indiferença e, sobretudo, da
cumplicidade, que da ignorância do crime.
Manuel Loff, Público (sem link)
O direito
é um produto social, logo é diferente nos tempos, nos lugares e nos modos, e,
por isso, não é independente da forma como os indivíduos e os grupos percebem a
escala da sua gravidade e do “preço” a pagar pelo crime.
(…)
O crime é
tanto mais “político” e deve ser interpretado politicamente quando ele não
remete para um desvario individual, ou uma cupidez especial.
(…)
Quem manda
em Portugal, ou pelo menos em quase tudo em Portugal, é um poder que não é
democrático, é um círculo de poder e de confiança.
(…)
A rede de
cumplicidades (…) fazia-se também porque em plena legalidade existem
mecanismos em que ninguém toca, como é o caso dos offshores,
ou a exportação das empresas para paraísos fiscais.
Pacheco Pereira, Público (sem link)
[A defesa
dos direitos humanos foi abandonada por Trump] mas a tendência tem sido seguida
por outros chefes de Estado como Macron.
Clara Barata, Público (sem link)
[Os
rankings] dão uma imagem redutora das escolas, atendendo apenas aos resultados
dos exames e não a projetos educativos que, em muitos casos, são de excelência,
mesmo comparados com os privados.
(…)
A escola
pública é inclusiva (…), valoriza claramente a formação equilibrada dos
alunos independentemente da sua proveniência social, regional ou cultural.
(…)
[Os
rankings] no limite, mais não são do que publicidade gratuita para escolas que
ferozmente lutam, em cada ano, por lugares cimeiros nessas listas.
Manuel Pereira, Público (sem link)
Poças coisas são piores
para a saúde do sistema democrático do que a suspeita de politização da Justiça
– ou de que a suspeita de judicialização da política.
Pedro Santos Guerreiro, Expresso (sem link)
A política não deve
interferir na independência da justiça, mas a Justiça também não pode funcionar
com a lógica política e mediática.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)
Viverá uma dolorosa
deceção quem acredita que é com cruzadas judiciais que se quebra o círculo vicioso
da corrupção que, tornando a democracia e a lei em bens transacionáveis, nos
atrasa e dominui.
Daniel Oliveira, Expresso (sem link)
As desigualdades são
hoje cada vez mais intensas intrapaís do que entre países.
Sandro Mendonça,
Expresso Economia (sem link)
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