Em
2011 inicia-se a Primavera Árabe que levaria ao derrube de algumas ditaduras no
Norte de África e Médio Oriente. Várias populações juntaram-se a este clamor
por democracia e infelizmente não conseguiram derrubar as ditaduras que as
oprimem, recebendo apenas violência, brutalidade e selvajaria. O Bahrein é um
desses casos infelizes, em 2011 os primeiros protestos atingiram alguns sucessos limitados com a criação
de uma comissão para investigar crimes das forças policiais, presos políticos
foram libertados, ou viram as suas penas reduzidas.
Em
2012 percebeu-se que a Monarquia apenas estava a ganhar tempo para montar um
aparelho repressivo brutal e extremo. Associações e partidos da oposição foram
proibidos, os seus membros presos ou exilados, as pessoas presas foram vítimas
de tortura. Quase 3000 pessoas foram feridas pelas forças policiais e militares
durante protestos. Pelos menos 71 pessoas foram assassinadas pelas forças leais
ao regime. A imprensa estrangeira ou foi proibida ou comprada para passar
propaganda pró governamental. O prémio de vendidos do ano pode até ser
atribuído à BBC por ter sido o principal porta voz da propaganda da ditadura.
No
passado dia 14 a população voltou para as ruas para protestar contra a
brutalidade do governo. Como se pode ver pelo vídeo a resposta do governo foi
ainda mais violência e brutalidade. Mais uma vez a imprensa Ocidental não
reportou os incidentes, mas não houve falta de activistas no local, nem de
vídeos ou testemunhos. O problema é que o regime da Bahrain é apoiado pela
Grã-Bretanha, União Europeia, Estados Unidos e Arábia Saudita.
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