O Bloco é o resultado de experiências políticas e trajectos ideológicos diferenciados. Não faz sentido que as principais figuras(!) do Bloco não pertençam oficialmente a nenhuma “corrente de opinião” interna e resolvam, sempre que se ensaia algum debate, aparecer como uma espécie de “bonapartes” que se posicionam acima das posições existentes… Na realidade e na prática, esses dirigentes acabam por fazer perdurar o domínio do Bloco por uma “troika” de fundadores que, há muito, já devia ter dado o lugar à dinâmica democrática dos militantes, da base até ao topo.
Os aderentes do Bloco já mostraram ser exigentes e críticos. E os eleitores do Bloco também. Daí que o eleitorado se “zangue” quando o BE se apresenta como intérprete único, rigoroso e fiel do que os cidadãos pretendem, e que o Bloco tenha dificuldade em entender. Como se conhecêssemos, de antemão, e de trás para diante, as dificuldades, as aspirações e as exigências dos cidadãos, não necessitando, sequer, de qualquer diálogo com alguém.
In Esquerda Nova
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