sábado, 30 de janeiro de 2010

DIREITO À DIFERENÇA, DIREITO À OPINIÃO PRÓPRIA, POR UM DEBATE PERMANENTE E DEMOCRÁTICO!

Por que nos interessa um Bloco de Esquerda, livre, democrático e igualitário, que seja na verdadeira acepção da palavra e na essência uma verdadeira alternativa democrática, onde todos- inclusive as "formiguinhas"- têm o direito à opinião, à transparência e à democracia interna, coloco aqui este texto para servir de meditação a todos os bloquistas que lutam por uma maior democracia interna.

Fernando Oliveira

A Esquerda Nova – Corrente de Opinião no Bloco de Esquerda é uma tendência constituída no respeito por todas as alíneas dos Estatutos do Bloco.

A Esquerda Nova – Corrente de Opinião no Bloco de Esquerda tem por objectivo único o fortalecimento do Bloco de Esquerda como partido-movimento de uma esquerda socialista e popular activa nas lutas sociais e decisiva na construção de uma alternativa política que resulte da maioria social de esquerda.

A Esquerda Nova – Corrente de Opinião no Bloco de Esquerda entende que o debate político interno é um caminho decisivo para que o Bloco corresponda na prática do dia-a-dia àquilo que os Estatutos já consagram: a realidade de um partido-movimento que pratica a pluralidade das opiniões não só individuais, mas também as resultantes de iniciativa colectiva de tendências e correntes reconhecidas e com acção transparente. Este é um caminho diferenciador no espectro politico-partidário português capaz de trazer ao debate político muita gente que já não se revê no modelo tradicional dos partidos existentes!

A Esquerda Nova – Corrente de Opinião no Bloco de Esquerda é constituída por aderentes do Bloco de Esquerda que se assumem como militantes, como activistas nas lutas todas do movimento social, como cidadãos comprometidos com uma cidadania socialista para um Poder Local e Autárquico onde a democracia participativa seja uma realidade. Neste ser bloquista assumimos sempre todo o património do BE, nos bons e nos maus momentos, em todas as vitórias mas também em todas as derrotas.

Neste sentido, consideramos que a Assembleia Distrital do Porto de 6 de Novembro de 2009 representou um momento que em nada tem a ver com aquilo que deve ser a vida interna de um partido-movimento como o Bloco de Esquerda.

O modo como alguns camaradas dirigentes nacionais e distritais se insurgiram contra as opiniões (são mesmo só opiniões!), chegando ao nível baixo do insulto e da calúnia, deixa-nos preocupados, mas determinados em prosseguir com o nosso contributo militante para que a democracia interna, estatutariamente consagrada, seja uma realidade motora para um Bloco de Esquerda cada vez mais referência activa para uma alternativa socialista de poder.

Na nossa opinião, a expressão de um ponto de vista deveria sempre ser discutido como isso mesmo: a contribuição para um debate sereno e conclusivo! Mesmo que esse ponto de vista seja considerado “errado” por uma maioria de camaradas, não deixa de ser um ponto de vista com direito de ser expresso e respeitado.

Ora, isto não aconteceu! Alguns camaradas com responsabilidades directivas confundiram expressão de uma legítima discordância, com a expressão de insultos, de calúnias e de muita desonestidade intelectual quando sobrelevam partes de uma análise escrita, esquecendo (deliberadamente ou não) outras partes.

A Esquerda Nova vai continuar a querer debater com todas e todos os aderentes os seus pontos de vista. Sempre, como não podia deixar de ser, no respeito pelas posições democraticamente assumidas como maioritárias no Bloco de Esquerda.
Decorre dos Estatutos do Bloco de Esquerda que somos um partido-movimento que não esgota o seu debate na definição desta ou daquela maioria. A qualidade da nossa democracia interna reside no reconhecimento permanente da existência de minoria e/ou minorias. Que podem muito bem ser expressas sob a forma de tendências e/ou sob a forma da opinião individual de aderentes que não se querem enquadrar em tendências.

Porto, 12 de Novembro de 2009

Esquerda Nova – Corrente de Opinião no Bloco de Esquerda

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