O ritmo de crescimento do crédito em incumprimento continua acelerado. No total, sector empresarial e famílias somam mais de nove mil milhões de euros de empréstimos em cobrança duvidosa.
De acordo com os últimos dados publicados pelo Banco de Portugal online, referentes a Novembro de 2009, citados pelo Diário de Notícias, por cada mês que passa, aumenta em cerca de 200 milhões de euros o crédito malparado das empresas e em 100 milhões o dos particulares. Assim, empresas e famílias somam, no total, mais de nove mil milhões de euros de empréstimos em cobrança duvidosa.
O ritmo de crescimento do crédito em incumprimento continua acelerado nas empresas e entre estas, os sectores da construção e do imobiliário acumulam mais do dobro das dívidas em atraso. Nos particulares, abranda um pouco na habitação, mas sobe no consumo.
Os montantes de empréstimos em incumprimento das famílias aumentaram 26%, chegando aos 3,8 mil milhões de euros, estando o crédito concedido a particulares a crescer uns modestos 2,8%, em termos homólogos. O seu peso no saldo total de crédito passou para 2,8% em Novembro, contra 2,2% em igual mês de 2008, um aumento de 27,2%.
Apesar destes valores, os níveis de malparado de particulares na habitação dão alguns sinais de abrandamento, embora na habitação existam actualmente 1927 milhões de euros em cobrança duvidosa, mais 20% que em Novembro do ano passado.
É no consumo que os valores do crédito malparado se agravam. As dívidas já fora do prazo de pagamento para a compra de automóvel, electrodomésticos ou outro tipo de equipamento já perfazem 1,1 mil milhões de euros, contra 799 milhões em Novembro de 2008 (mais 46%). No entanto, a concessão de crédito ao consumo está praticamente estagnada, com aumento de 1,2% em Novembro, para os 15,4 mil milhões de euros.
Nas empresas, o crédito malparado continua a crescer de modo acelerado, aumentando 83% num ano, em termos absolutos, e atingindo 5,3 mil milhões de euros. O seu peso no crédito total cresceu ainda mais (98,2%). O sector imobiliário lidera agora o incumprimento entre as empresas, com 1535 milhões de euros de dívidas de crédito por pagar. Na construção, o montante é de 1518 milhões de euros.
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