A mesma direita que, na discussão do Código Contributivo, rejeitou, invocando a justiça e o bom senso, que um automóvel de alta cilindrada posto ao serviço de um gestor privado fosse considerado como seu rendimento, impõe agora aos beneficiários do rendimento social de inserção (RSI) que o apoio público à renda de casa em habitações sociais seja considerado sua fonte de rendimento, diminuindo nesse montante a prestação de RSI. O englobamento quando nasce não é para todos.
A redução violenta dos salários, o desemprego em massa e a generalização das precariedades no trabalho constituem-se hoje, inequivocamente, como três opções estruturantes das políticas que vêm sendo impostas aos portugueses. Não tenhamos dúvidas: elas fazem parte dos grandes objetivos a atingir pelo "governo interno" (de Passos Coelho) e pelo "governo externo" (da troika e C.ª), que as determinam como "necessidade".
Carvalho da Silva, JN
A partir do momento em que Passos Coelho se apropriou do memorando da troika para o "seu" programa do PSD, e o interpretou como tendo uma profunda comunidade ideológica com as suas próprias ideias e no plano internacional se tem apresentado como o seu principal defensor depois dos alemães, quer seja ele que está a fazer asneira, quer seja o programa da troika que seja a asneira, ou as duas coisas, a responsabilidade é sua.
José Pacheco Pereira, “Público” (sem link)
Dada uma apressada e tardia licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais, todas as cadeiras feitas no espaço de um ano e com “equivalências”, o ministro Relvas também foi poupado à agruras do estudo e da vida académica, sendo abreviado o sofrimento. E porque diabo haveria ele de aprender o que já sabia? Não era o PSD a sua ciência política e as relações internacionais a sua área de expertise?
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