O Rendimento Social de Reinserção (RSI) é, com toda a certeza, o mais escrutinado de todos os apoios sociais. E todos os pretextos servem para mais uma oportunidade de corte. Não está em causa que se tenha de combater toda a espécie de fraudes que tendam a usufruir indevidamente do dinheiro dos contribuintes. O que dá que pensar é que o combate às fraudes seja comparável a uma rede de malha fina onde são apanhados jaquinzinhos e petingas e se deixam escapar os tubarões. Talvez seja o material de que é feita, “inteiramente de concepção neoliberal nacional”, “imune a investidas débeis e desorganizadas mas que facilmente dá de si quando o "investidor" é de peso”. Isto significa que tal como acontece com os beneficiários do RSI, sempre sob suspeita de fraude, obrigados agora à prestação de 15 horas semanais de trabalho “voluntário” em instituições sociais ou autarquias, também “vai o Governo aplicar essa lógica aos bancos privados que beneficiaram de injeções de capital de mais de cinco mil milhões de euros e exigir-lhes que retribuam esse apoio através de uma política de crédito à economia que teimam em se recusar a adotar”? É claro que não vai e aqui reside o carácter de classe de que enferma este Governo, facilmente desmascarado no excelente artigo de opinião que José Manuel Pureza assina hoje no DN.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário