Como muito bem afirma José
Manuel Pureza na sua crónica semanal de hoje no DN, “na governação ditada pela troika vale literalmente tudo desde que o resultado nunca seja a expressão da vontade popular”. E, quem manda de
facto, tem aqui um vice-rei, naturalmente representante do verdadeiro soberano
junto do povo português.
Na realidade, enquanto
vamos assistindo à novela política Passos/Portas/Cavaco, a troika estrangeira,
intocada, lá vai fazendo o seu criminoso trabalho. Não nos podemos distrair na
luta contra a austeridade porque soubemos há dois dias que, na Grécia, a troika
pretende baixar o salário mínimo em 40% e, na prática, proibir as greves.
Vamos por partes. Quanto ao
primeiro ponto, o salário mínimo dos portugueses passaria para 291 euros. Quanto
ao segundo, se for levado por diante, os empresários estarão autorizados a
reprimir e a despedir trabalhadores que façam greves, mesmo que estas sejam
legais.
Não devemos deixar de estar
atentos ao que se passa no país, mas não nos podemos esquecer que a destruição maciça
em curso tem origem partilhada na troika.
Sem comentários:
Enviar um comentário