Segundo a edição de ontem do DN, há
médicos a trabalhar 30 horas seguidas. A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) "está
desde junho a intentar ações judiciais contra oito hospitais e centros
hospitalares e contra o próprio Ministério da Saúde e a Administração Central
do Sistema de Saúde” por incumprimento do descanso compensatório.
Sobre o tema em apreço, o Correio da Manhã (CM) foi
ouvir Merlinde Madureira (MM) da FNAM, numa curta entrevista:
CM – Há médicos
a trabalhar 30 horas seguidas, com risco para os doentes?
MM – Sim, com
risco para os doentes e para os médicos. Desde o governo PS que andamos a lutar
pelo direito dos médicos ao descanso compensatório depois de estarem 24 horas
de serviço nas urgências.
CM – Porque decidiram
recorrer aos tribunais?
MM – O Orçamento
do Estado para 2015 já não impediu o descanso compensatório como sucedeu nos
anos da troika. Chegou-se a acordo, a Administração Central do Sistema de Saúde
(ACSS) fez uma circular em fevereiro, mas muitos hospitais EPE (Entidades
Públicas Empresariais) entendem não estar vinculados à hierarquia da ACSS e não
cumprem.
CM – As queixas
são contra hospitais de todo o País?
MM – No verão fizemos
queixas contra hospitais do Sul, e agora foram os do Centro. Amanhã [hoje]
devia haver reunião da comissão paritária para tentar acordo, mas os hospitais
decidiram não comparecer devido às circunstâncias políticas.
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