Este
fim-de-semana realizar-se-á por todo o mundo a Marcha Mundial do Clima,
assinalando a importância histórica da Cimeira do Clima em Paris, COP-21. Com a
proibição das manifestações em Paris, depois dos atentados terroristas de 13 de
Novembro, a importância dos protestos a nível internacional ganha particular
relevo. Em Portugal há eventos marcados para Lisboa, Porto, Braga, Coimbra,
Faro, Fátima, Tavira e Vouzela.
É
exactamente sobre este tema o texto que transcrevemos a seguir do Diário as
beiras de ontem, da autoria do bloquista da Figueira da Foz, Rui Curado da
Silva.
Na
próxima segunda-feira inicia-se em Paris a Cimeira do Clima coordenada pelas Nações
Unidas. Espera-se que desta cimeira emerjam medidas decisivas para combater o
aquecimento global, particularmente para impedir que a temperatura média
global, atinja os 2ºC acima da média das temperaturas do século XX. O Painel
Intergovernamental para as Alterações Climáticas tem demonstrado o risco de
irreversibilidade climática se ultrapassarmos os 2ºC através de sucessivos
relatórios que compilam milhares de artigos científicos publicados nas melhores
revistas científicas e revistos pelos maiores especialistas da matéria.
Os
15 anos mais quentes desde que são realizadas medidas globais, em 1880,
ocorreram nos últimos 20 anos. Mas o mais preocupante é o aumento destacado de
temperatura relativo ao ano em curso. Os meses de Fevereiro, Março, Maio, Junho,
Agosto, Setembro e Outubro de 2015 foram os mais quentes registados quando
comparados respetivamente com todos os meses de Fevereiro, de Março, de Maio,
de Junho, de Agosto, de Setembro e de Outubro medidos até hoje. Outubro de 2015
foi o que mais se afastou da média de todos os outubros.
A erosão costeira, a subida
do nível do mar e acidificação da água do mar pelo dióxido de carbono são questões
da maior importância, por isso, esta Cimeira do Clima deve ser seguida com a
maior atenção pelos responsáveis locais.
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