Um
traste é sempre um traste ainda que se trate de alguém com sólidas habilitações
superiores. Estamos a classificar professor universitário Pedro Arroja que há
poucos dias, referindo-se às valorosas mulheres do Bloco de Esquerda, que tantas
provas de competência têm dado quer como deputadas quer como dirigentes
partidárias, as apelidava de “esganiçadas”. Obviamente que afirmações deste tipo
não atingem ninguém para além de quem as profere.
Deu-se
o caso de um camarada bloquista (*), conhecer algumas facetas do dito Prof.
Arroja e as contar numa curta crónica que encontrámos no Diário as beiras do
passado dia 19/11, com o sugestivo título O
método Arroja.
Amigos
figueirenses que estudavam na Universidade Lusíada e foram alunos de Pedro
Arroja em Finanças Públicas descreveram um professor com uma atitude
extraordinariamente irresponsável perante alunos que pagavam na altura propinas
de luxo. Por exemplo, durante um dos anos letivos Arroja marcou presença em
apenas duas aulas, delegando abusivamente as restantes aulas a auxiliares. Pagava-se
caríssimo para ir a exame, mas nem por isso havia maior responsabilidade na elaboração
das provas. Perguntas surrealistas perante divagações do Prof. Arroja constavam
do enunciado contribuindo fortemente para aleatoriedade das notas dos alunos.
A
prestação do Prof. Arroja no Porto Canal com as suas famosas declarações
misóginas sobre as “esganiçadas do Bloco”, ilustram o Universo pequenino e
fechado em que se move. Arroja nem se apercebe da amplitude do ridículo das
próprias afirmações. Mas mais chocante é toda a mediocridade e a impreparação do
resto da sua crónica, um discurso fraco, mal cosido, sociologia de pacotilha
baseada em generalizações simplistas alicerçadas em irrelevantes impressões e
fantasias pessoais, a fazer lembrar o esquema mental infantil de Henrique Raposo
cronista do Expresso. Pedro Arroja chegou a fundamentar ideias imaginando-se
casado com Catarina Martins…
Um
irresponsável não tem culpa, culpa tem quem lhe oferece tribuna e tempo de
antena.
(*) Rui
Curado da Silva, investigador
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