Sem
esquecermos, por um momento que seja, o hediondo ataque terrorista perpetrado sexta-feira
em Paris pelo auto-denominado Estado Islâmico, com o seu enorme cortejo de
vítimas, é muito importante não deixarmos passar em claro pequenas acções de
índole terrorista que também vão sendo levadas a cabo, no civilizado mundo
ocidental e cristão, por forças ditas da ordem e com cobertura legal.
Assim,
1000 pessoas foram mortas nos Estados Unidos (EUA) às mãos da polícia
norte-americana, desde o início de 2015. Aquele número foi recentemente
ultrapassado, segundo um projecto do jornal The Guardian que monitoriza as
mortes às mãos às mãos da polícia em território dos EUA. Em média, por cada dia
que passa, mais de 3 americanos são atingidos e mortos pela polícia.
Num
país em que qualquer cidadão é considerado inocente até ser provada a sua culpa
em tribunal, as forças policiais operam como juiz, juri e carrasco, pelo menos três
vezes por dia.
Em
termos comparativos, de acordo com o Fundo Memorial de Oficiais das Forças da
Lei, 35 agentes da polícia morreram em serviço em 2015. Por outro lado, usando
uma perspectiva diferente, as autoridades americanas demoram 30 dias para matar
o mesmo número de pessoas que foram executadas na Arábia Saudita durante 2014
(90), sendo que este país é uma monarquia absoluta onde os direitos humanos são
letra morta. Ainda usando como comparação o massacre de sexta-feira passada em
Paris, a polícia dos EUA gasta cerca de 40 dias para matar o mesmo número de
pessoas que pereceram na capital francesa…
A
ideia que fica é que nos Estados Unidos os agentes da polícia são treinados para
agirem como carrascos públicos, com uma ampla cobertura oficial que os ajuda a
fugir às suas responsabilidades. E os resultados estão à vista...
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