terça-feira, 17 de novembro de 2015

TERRORISMO “AMIGO”….



Sem esquecermos, por um momento que seja, o hediondo ataque terrorista perpetrado sexta-feira em Paris pelo auto-denominado Estado Islâmico, com o seu enorme cortejo de vítimas, é muito importante não deixarmos passar em claro pequenas acções de índole terrorista que também vão sendo levadas a cabo, no civilizado mundo ocidental e cristão, por forças ditas da ordem e com cobertura legal.
Assim, 1000 pessoas foram mortas nos Estados Unidos (EUA) às mãos da polícia norte-americana, desde o início de 2015. Aquele número foi recentemente ultrapassado, segundo um projecto do jornal The Guardian que monitoriza as mortes às mãos às mãos da polícia em território dos EUA. Em média, por cada dia que passa, mais de 3 americanos são atingidos e mortos pela polícia.
Num país em que qualquer cidadão é considerado inocente até ser provada a sua culpa em tribunal, as forças policiais operam como juiz, juri e carrasco, pelo menos três vezes por dia.
Em termos comparativos, de acordo com o Fundo Memorial de Oficiais das Forças da Lei, 35 agentes da polícia morreram em serviço em 2015. Por outro lado, usando uma perspectiva diferente, as autoridades americanas demoram 30 dias para matar o mesmo número de pessoas que foram executadas na Arábia Saudita durante 2014 (90), sendo que este país é uma monarquia absoluta onde os direitos humanos são letra morta. Ainda usando como comparação o massacre de sexta-feira passada em Paris, a polícia dos EUA gasta cerca de 40 dias para matar o mesmo número de pessoas que pereceram na capital francesa…
A ideia que fica é que nos Estados Unidos os agentes da polícia são treinados para agirem como carrascos públicos, com uma ampla cobertura oficial que os ajuda a fugir às suas responsabilidades. E os resultados estão à vista...
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