Já aqui abordámos há poucos dias a realização
da reunião magna de chefes de Estado e de Governo sobre as alterações
climáticas, denominada Cimeira do Clima.
Numa curta entrevista ao Correio da Manhã
(CM), o cientista e Professor da Universidade de Lisboa, Filipe Duarte Santos
(FDS), explica em poucas palavras o que será discutido naquela conferência da
ONU que tem lugar em Paris.
CM – Qual o principal objetivo da Cimeira do Clima
em Paris?
FDS – Conseguir um acordo
mundial até 2100, para que a temperatura média do Planeta não aumente mais de
dois graus, tendo em conta os valores do período pré-industrial.
CM – Porquê a meta de dois graus?
FDS – Dois graus representa a
temperatura limite para que o degelo da Gronelândia não se torne irreversível. Uma
situação que levaria a uma subida de sete metros do nível do mar.
CM – Acredita que esse acordo será possível?
FDS – Penso que vai
acontecer. Os acordos voluntários já estabelecidos entre os diferentes países
conseguiram colocar o limite entre os 2,7 e 3 graus. Agora é necessário um
esforço acrescido para serem alcançados os dois graus.
CM – Perante a vaga de ataques terroristas não há
o risco das questões ambientais ficarem num plano secundário?
FDS – Não
podem ficar. Os políticos estão conscientes que as alterações climáticas agravam
o número de refugiados no Mundo, aumentam a instabilidade e os conflitos e
também os movimentos terroristas.
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