Fernando Sobral Choque frontal |
Clausewitz dizia que nenhum plano de batalha sobrevive ao contacto com o inimigo. Isso, claro, acontece tanto na guerra como na paz podre da política portuguesa. Compare-se dois planos de batalha desenvolvidos pelos principais partidos indígenas. No Governo, o PS elegeu a criação de emprego como o seu principal desafio: 150 mil novos empregos na anterior legislatura era a meta.
Até a criação de "call centers" serviu para mostrar que o emprego avançava a todo o vapor. Foi então que o Governou acertou com a cabeça na crise. E, aí, como Clausewitz alertava, todos os planos do Governo entraram em curto-circuito. O emprego, em vez de descer, comprou um ascensor e não se sabe em que andar parará. O défice pediu-lhe boleia e já vai no oitavo andar.
As multinacionais esconderam-se na cave e debandam do país. Nem Mary Poppins, com toda a sua capacidade mágica, sobreviveria a este choque do plano de batalha com a realidade. Nisso, o PS não está sozinho. O PSD tinha o seu plano perfeito para ocupar o poder. Mas tudo o que as Europeias prometeram as Legislativas se encarregaram de tirar.
O resultado foi uma das cíclicas convulsões dentro do partido. Se o PSD fosse um país seria uma espécie de Libéria: criado com a melhor das intenções, tornou-se num pesadelo ingovernável. A única diferença é que o PSD não tem riquezas naturais, nem ideias, para explorar e para garantir um futuro em paz a quem quer que seja. É essa a sorte do PS: tendo pouco para oferecer defronta-se com alguém que só tem uma guerra civil para partilhar.
Até a criação de "call centers" serviu para mostrar que o emprego avançava a todo o vapor. Foi então que o Governou acertou com a cabeça na crise. E, aí, como Clausewitz alertava, todos os planos do Governo entraram em curto-circuito. O emprego, em vez de descer, comprou um ascensor e não se sabe em que andar parará. O défice pediu-lhe boleia e já vai no oitavo andar.
As multinacionais esconderam-se na cave e debandam do país. Nem Mary Poppins, com toda a sua capacidade mágica, sobreviveria a este choque do plano de batalha com a realidade. Nisso, o PS não está sozinho. O PSD tinha o seu plano perfeito para ocupar o poder. Mas tudo o que as Europeias prometeram as Legislativas se encarregaram de tirar.
O resultado foi uma das cíclicas convulsões dentro do partido. Se o PSD fosse um país seria uma espécie de Libéria: criado com a melhor das intenções, tornou-se num pesadelo ingovernável. A única diferença é que o PSD não tem riquezas naturais, nem ideias, para explorar e para garantir um futuro em paz a quem quer que seja. É essa a sorte do PS: tendo pouco para oferecer defronta-se com alguém que só tem uma guerra civil para partilhar.
Sem comentários:
Enviar um comentário