Marcha pela paz
O desarmamento nuclear e a paz são dois temas intimamente ligados. Ao contrário de décadas atrás – durante a Guerra Fria - em que os detentores de armamento nuclear eram poucos, actualmente, o arsenal está a aumentar, ao mesmo tempo que há cada vez mais grupos fora de controlo que podem ter acesso a essas armas.
Dez cidades portuguesas juntam-se, a partir de 3 de Novembro, à Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência, num apelo que conta com a participação de mais de um milhão de pessoas em todo o mundo. Portugal é um dos 103 países que a marcha vai percorrer e é também aquele onde serão atravessadas mais cidades. O percurso português tem início em Valença do Minho dia 3 de Novembro, terça-feira, seguindo-se Viana de Castelo e Braga, Famalicão, Porto, Aveiro, Vouzela, Viseu, Coimbra, Tavira e Lisboa. O seu principal objectivo é reivindicar o desmantelamento do armamento nuclear.
A marcha apela à mobilização de todos os cidadãos e conta também com a adesão de notáveis internacionais a portugueses como Mário Soares, Siza Vieira e José Saramago em Portugal, os prémios Nobel da Paz Desmond Tuto e José Ramos Horta, o cineasta Pedro Almodóvar, o músico Lou Reed, o actor Viggo Mortensen, o escritor Mia Couto ou o Dalai Lama.
Estão previstas várias iniciativas, entre as quais um manifesto sob a forma de uma “Carta aberta de um cidadão aos poderosos do mundo”, uma carta da Associação de Prémios Nobel da Paz e outra da associação “Mayors for Peace” liderada pelo presidente da câmara de Hiroxima. A Marcha Mundial terminará junto à cordilheira dos Andes, na Argentina, a 2 de Janeiro de 2010.
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