Paulo Portas mentiu descaradamente enquanto Ministro da Defesa Nacional de anterior governo quando garantiu ter visto provas insofismáveis de que Saddam Hussein possuía armas de destruição maciça. Não viu porque elas nunca existiram. Enganou deliberadamente os portugueses e o seu depoimento também contribuiu para legitimar a intervenção militar dos Estados Unidos no Iraque, onde desencadeou uma guerra de agressão que já provocou centenas de milhares de vítimas, para garantir o controlo do petróleo daquele país.
Terá sido pelo frete que fez ao amigo americano que Paulo Portas foi medalhado por Rumsfeld? Nunca ficou esclarecida, em absoluto, a atribuição da medalha por aquele governante norte-americano. Terá sido apenas por uma razão ou haverá mais?... Se calhar nunca se chegará a saber.
O que ficámos a saber há poucos dias é que o brigadeiro Pezarat Correia, capitão de Abril, viu um artigo de opinião ser recusado pelo “Diário de Notícias”. Nesse texto, aquele militar do exército acusa Paulo Portas de ter mentido aos portugueses, “com dolo”, envolvendo, desse modo, Portugal numa “guerra perversa” “que se traduziu num desastre estratégico”. Que mão invisível terá impedido a publicação daquele texto? Em ditadura tal acção é designada por censura. E em democracia?
Quem já viu textos de opinião recusados sabe bem que são situações muito mais vulgares do que se pode imaginar. E com justificações pouco convincentes na maior parte das vezes. Quando envolvem cidadãos anónimos, essas acções nunca chegam ao conhecimento público.
Luís Moleiro
quinta-feira, 16 de junho de 2011
PAULO PORTAS TAMBÉM MENTIU
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