A Grécia pode ser o primeiro país dos chamados PIGS a colapsar.
Tudo se está a compor no sentido do pior cenário possível, tal como as vozes mais conhecedoras, mais conscientes, mais sérias e menos comprometidas com a doutrina neoliberal vêm avisando, desde há algum tempo. Depois de sugarem o mais possível os países em situação financeira difícil, os seus credores vão pressioná-los a deixar a moeda única.
A propósito, nos últimos dias, tem sido muito citado um artigo publicado no Financial Times pelo economista Nouriel Roubini que previu a crise de 2008. Ele considera que os países periféricos, onde se inclui Portugal, devem deixar a moeda única nos próximos cinco anos. “Se o euro não vai cair drasticamente, se a redução dos custos unitários de trabalho leva muito tempo para restaurara a competitividade e crescimento e se a deflação é inviável ou (se obtida) autodestrutiva, há apenas uma outra forma para os PIGS – Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha – restaurarem a competitividade e o crescimento: saírem da Zona Euro” pode ler-se no referido artigo. Trata-se de um cenário que “parece inconcebível nos dias que correm mesmo em Atenas ou Lisboa. Mas devido à inexistência de reformas estruturais profundas e aceleradas que compensem essas diferenças, os cenários que hoje parecem irreais poderão fazer todo o sentido daqui a cinco anos” acrescentou Roubini.
Luís Moleiro
Tudo se está a compor no sentido do pior cenário possível, tal como as vozes mais conhecedoras, mais conscientes, mais sérias e menos comprometidas com a doutrina neoliberal vêm avisando, desde há algum tempo. Depois de sugarem o mais possível os países em situação financeira difícil, os seus credores vão pressioná-los a deixar a moeda única.
A propósito, nos últimos dias, tem sido muito citado um artigo publicado no Financial Times pelo economista Nouriel Roubini que previu a crise de 2008. Ele considera que os países periféricos, onde se inclui Portugal, devem deixar a moeda única nos próximos cinco anos. “Se o euro não vai cair drasticamente, se a redução dos custos unitários de trabalho leva muito tempo para restaurara a competitividade e crescimento e se a deflação é inviável ou (se obtida) autodestrutiva, há apenas uma outra forma para os PIGS – Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha – restaurarem a competitividade e o crescimento: saírem da Zona Euro” pode ler-se no referido artigo. Trata-se de um cenário que “parece inconcebível nos dias que correm mesmo em Atenas ou Lisboa. Mas devido à inexistência de reformas estruturais profundas e aceleradas que compensem essas diferenças, os cenários que hoje parecem irreais poderão fazer todo o sentido daqui a cinco anos” acrescentou Roubini.
Luís Moleiro
Sem comentários:
Enviar um comentário