Em democracia os governos são eleitos pelo voto dos cidadãos. Em Portugal não consta que nas eleições legislativas aconteçam as denominadas “chapeladas”. No entanto, quando as promessas feitas em campanha começam a ficar esquecidas, ou seja, no dia imediato ao da contagem dos votos, muita gente se sente enganada pela enésima vez mas não dá o braço a torcer. A culpa é sempre dos outros, a começar pelos políticos que eles próprios escolheram indo atrás do engodo utilizado na caça ao voto. Por isso, é de elogiar quando um cidadão eleitor reconhece que foi enganado dando voz ao que vai na cabeça de muitos.
Há poucos dias encontrámos na secção de “cartas ao director” do Diário de Coimbra” que confessa ter caído no conto do vigário eleitoral:
Votei enganado
“Votei pela primeira vez, no partido deste Primeiro-Ministro, porque Passos Coelho, então candidato, fez-me crer que, com ele como Primeiro-Ministro, não cometeria os mesmos erros, que é com quem diz, não iria ao bolso dos funcionários públicos nem dos pensionistas, como fazia o seu adversário. Chegou ao ponto de lhe chumbar o PEC IV porque, no seu entender, impunha sacrifícios injustificados para a conjuntura do momento, provocando o derrube do Governo e eleições antecipadas. Face a tais promessas e atitudes e para quem já estava farto de ser constantemente aldrabado, nem sequer hesitei em colocar uma cruz no quadrado do boletim, que o ajudaria a sentar-se na cadeira de S. Bento.
Uma vez sentado na cadeira dourada, rapidamente se esqueceu das promessas que fez durante toda a campanha eleitoral e, escudado no acordo com a troika, vai esmifrando as mesmas vítimas de sempre, indiferente às consequências que vai causando a milhares de famílias que já deixaram de ter capacidade para poderem honrar os seus compromissos para com a Banca.” (…)
A carta é longa mas este excerto dá para entender a desilusão de um entre milhões de portugueses que, neste momento estão a sentir o logro em que caíram.
Com um estilo diferente e falinhas mansas, Passos Coelho e Paulo Portas levaram à certa muita gente que, depois do erro cometido, já não pode voltar atrás ainda que o desejasse. Para os portugueses que se sentiram enganados, um conselho simples: nas próximas eleições experimentem votar num partido que nunca tenha enganado os portugueses. Cremos que não se iriam arrepender!
Luís Moleiro
Há poucos dias encontrámos na secção de “cartas ao director” do Diário de Coimbra” que confessa ter caído no conto do vigário eleitoral:
Votei enganado
“Votei pela primeira vez, no partido deste Primeiro-Ministro, porque Passos Coelho, então candidato, fez-me crer que, com ele como Primeiro-Ministro, não cometeria os mesmos erros, que é com quem diz, não iria ao bolso dos funcionários públicos nem dos pensionistas, como fazia o seu adversário. Chegou ao ponto de lhe chumbar o PEC IV porque, no seu entender, impunha sacrifícios injustificados para a conjuntura do momento, provocando o derrube do Governo e eleições antecipadas. Face a tais promessas e atitudes e para quem já estava farto de ser constantemente aldrabado, nem sequer hesitei em colocar uma cruz no quadrado do boletim, que o ajudaria a sentar-se na cadeira de S. Bento.
Uma vez sentado na cadeira dourada, rapidamente se esqueceu das promessas que fez durante toda a campanha eleitoral e, escudado no acordo com a troika, vai esmifrando as mesmas vítimas de sempre, indiferente às consequências que vai causando a milhares de famílias que já deixaram de ter capacidade para poderem honrar os seus compromissos para com a Banca.” (…)
A carta é longa mas este excerto dá para entender a desilusão de um entre milhões de portugueses que, neste momento estão a sentir o logro em que caíram.
Com um estilo diferente e falinhas mansas, Passos Coelho e Paulo Portas levaram à certa muita gente que, depois do erro cometido, já não pode voltar atrás ainda que o desejasse. Para os portugueses que se sentiram enganados, um conselho simples: nas próximas eleições experimentem votar num partido que nunca tenha enganado os portugueses. Cremos que não se iriam arrepender!
Luís Moleiro
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