Assinala-se hoje, 10 de Dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
De forma muito sintética, direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos. Este conceito engloba também a liberdade de expressão de pensamento e a igualdade perante a lei.
Foi no dia 10 de Dezembro de 1948 que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos em cujo Artigo 1º se anuncia solenemente:
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
Durante quase meio século os portugueses desconheceram a fruição total dos direitos humanos mais básicos por via da ditadura salazarista que nos subjugou. Um dos símbolos mais terríveis do salazarismo foi o tristemente célebre Campo de Concentração do Tarrafal (Cabo Verde) criado pela ditadura em 1936 e para onde foram deportados e vieram a morrer muitos patriotas portugueses que lutaram pela nossa liberdade.
O Campo do Tarrafal veio a encerrar em 1954, sendo reactivado em 1961, com nova designação, para receber nacionalistas angolanos, guineenses e cabo-verdianos. Foi Adriano Moreira, figura grada do salazarismo – entretanto reciclado de respeitado democrata para quem conhece mal a história portuguesa contemporânea – quem instituiu, através da Portaria 18539 de 17 de Junho de 1961, o chamado Campo de Trabalho de Chão Bom.
Acontece que, por paradoxal que pareça, a Universidade do Mindelo em Cabo Verde atribuiu ao Prof. Dr. Adriano Moreira o Título de Honoris Causa que foi entregue hoje, precisamente, no Dia Internacional dos Direitos Humanos. Tratou-se de um acto consciente que mais parece eivado de humor negro e que constitui um insulto e uma afronta a todos aqueles que lutaram pela libertação da ditadura salazarista. Não se trata de cultivar o ódio mas a verdade é que a história não pode ser reescrita nem apagada.
Luís Moleiro
De forma muito sintética, direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos. Este conceito engloba também a liberdade de expressão de pensamento e a igualdade perante a lei.
Foi no dia 10 de Dezembro de 1948 que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos em cujo Artigo 1º se anuncia solenemente:
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
Durante quase meio século os portugueses desconheceram a fruição total dos direitos humanos mais básicos por via da ditadura salazarista que nos subjugou. Um dos símbolos mais terríveis do salazarismo foi o tristemente célebre Campo de Concentração do Tarrafal (Cabo Verde) criado pela ditadura em 1936 e para onde foram deportados e vieram a morrer muitos patriotas portugueses que lutaram pela nossa liberdade.
O Campo do Tarrafal veio a encerrar em 1954, sendo reactivado em 1961, com nova designação, para receber nacionalistas angolanos, guineenses e cabo-verdianos. Foi Adriano Moreira, figura grada do salazarismo – entretanto reciclado de respeitado democrata para quem conhece mal a história portuguesa contemporânea – quem instituiu, através da Portaria 18539 de 17 de Junho de 1961, o chamado Campo de Trabalho de Chão Bom.
Acontece que, por paradoxal que pareça, a Universidade do Mindelo em Cabo Verde atribuiu ao Prof. Dr. Adriano Moreira o Título de Honoris Causa que foi entregue hoje, precisamente, no Dia Internacional dos Direitos Humanos. Tratou-se de um acto consciente que mais parece eivado de humor negro e que constitui um insulto e uma afronta a todos aqueles que lutaram pela libertação da ditadura salazarista. Não se trata de cultivar o ódio mas a verdade é que a história não pode ser reescrita nem apagada.
Luís Moleiro
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