quinta-feira, 31 de maio de 2012

CES PROMOVE DEBATE


O Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra promoveu, ontem, (30/5) um debate em que um sociólogo antevê reacção radical de um povo “que não é de brandos costumes”.(*)

O sociólogo José Manuel Mendes defendeu ontem em Coimbra que o povo português “não é de brandos costumes”, e que o acentuar das medidas de austeridade poderá desencadear “uma reacção radical” quando concluir que os sacrifícios foram em vão. Esta ideia esteve também presente nos discursos da cineasta e activista Raquel Freire e do advogado Carlos Fraião, durante um seminário intitulado “Que força é essa?! Manifestações de protesto, democracia e mudança”, organizado pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.

Raquel Freire desafiou José Manuel Mendes, um estudioso dos movimentos sociais de protesto, a fazer um vaticínio sobre o despoletar de uma “reacção violenta”, à qual respondeu que o contexto existe, a questão é saber o que vai desencadear esse “clic”. “Quando as pessoas se aperceberem de que não há alternativa, há um capital de protesto que vem dos anos anteriores. Em Portugal protesta-se muito de âmbito local. O protesto nacional com estes temas não tem sido habitual”, sustentou o sociólogo.

Recordou que um dos últimos protestos de dimensão nacional aconteceu no tempo em que Cavaco Silva era primeiro-ministro, o da ponte 25 de Abril, de dimensão local mas com projecção nacional põe efeito mediático. Outro, anos mais tarde, foi a mobilização a favor da paz em Timor.

(*) Informação retirada da imprensa local

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