sábado, 12 de abril de 2014

CITAÇÕES


Não é concebível que uma democracia representativa permita que os eleitos possam acumular funções de representação do povo com funções profissionais vinculadas a interesses económicos particulares.
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Não é admissível que advogados que defendem legitimamente os interesses dos seus clientes sejam, em simultâneo, legisladores.
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Como não é admissível que gestores de empresas sejam ao mesmo tempo autores do Orçamento do Estado.
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É em nome de uma democracia mais forte e mais qualificada aos olhos de todos que a exclusividade dos deputados se impõe.

Nunca a palavra "limpa" foi usada com tanta sujidade como neste processo de mudança da presença da troika em Portugal.
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"Os mercados", se for necessário até colocam as suas agências a melhorar a classificação do nosso país. Para todos eles o que é preciso é assegurar que os portugueses se convencem de que não há alternativas e se submetem.
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O primeiro-ministro (PM) que tanto vociferou contra o aumento do salário mínimo nacional (SMN), muda de agulha, oportunisticamente.
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As políticas que nos vêm sendo impostas têm amplos impactos e/ou significados característicos de uma guerra.
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Esta guerra traiçoeira entrega a nossa soberania aos mercados, mata a liberdade e a democracia.

Qual a autoridade de um Estado para exigir aos cidadãos que cumpram a lei, se é ele que transforma a cobrança de impostos num jogo de sorte e azar?
São José Almeida, Público (sem link)

Estes governantes foram criados em estufa e viveram sempre uma vida que não os pôs em contacto com nada que não seja o controlo político. Nunca tiveram problemas de estacionar o carro.
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Está a ser semeado um discurso de divisão – os novos contra os velhos, o privado contra o público, os pensionistas contra os contribuintes da Segurança Social – que destrói os poucos laços que os portugueses tinham conseguido criar entre si.
Pacheco Pereira, Expresso, 25 de Abril 40 anos (sem link)

Não se trata de ser moralista, mas os “mercados” não estão a dizer que confiam que os portugueses e gregos vão pagar as suas dívidas, mas que podem lucrar no processo. Basta ver o perfil dos investidores: de risco.
Pedro Santos Guerreiro, Expresso (sem link)

O Executivo, nas áreas sociais, não faz outra coisa que não seja criar um universo de mercados, dependentes do orçamento.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)

Os salários são tão baixos que [um] aumento de 15 euros duplicaria o número de pessoas abrangidas pelo salário mínimo.
Daniel Oliveira, Expresso (sem link)

Concorde-se ou não com os militares [de Abril], a polémica revelou à sociedade o desconforto que a direita sente em relação à data, como também sente relativamente à Constituição.  
Joana Amaral Dias, CM (sem link)


O aumento do salário mínimo é mesmo uma urgência. Não é um aumento “simbólico” de 15 euros, como o aumento de 2 euros nas pensões mínimas de sobrevivência, mas antes um que esteja em linha com as perdas que o governo impôs.

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