terça-feira, 1 de abril de 2014

MANIPULAÇÃO DA REALIDADE


Todos nós já sabemos como este Governo se tem especializado em alterar o significado das palavras, com a clara intenção de confundir os portugueses para melhor os manipular. Devemos dizer, em abono da verdade, que esta estratégia tem tido algum sucesso pois nota-se que um razoável número de cidadãos nossos tem sido levado a acreditar nas deturpações da verdade levadas a cabo pela propaganda governamental, com a ajuda de muitos simpatizantes neoliberais espalhados pela comunicação social.
Esta situação não acontece de forma isolada já que tem a ver com uma estratégia idêntica levada a cabo pela acção global do sistema capitalista na sua forma extremista agora dominante. No texto que hoje assina no i, Nuno Ramos de Almeida desmonta de forma contundente mais uma manipulação da realidade com que nos querem enganar.
As palavras definem as coisas, às vezes de uma forma tão forte como as coisas embatem nas palavras. Uma pedra não deixa de ser pedra por lhe chamar erradamente "peixe", mas uma relação social depende muitas vezes do conhecimento que os protagonistas têm dela. As palavras que usamos nela são parte do problema e parte da solução.
A pedra não deixa de cumprir a lei da gravidade quando cai, nem reflecte sobre o seu enunciado, mas na vida humana as análises da nossa situação influenciam a nossa vida, e as ditas leis sociais podem ser mudadas por acção dos próprios.
Quando algumas criaturas chamam aos trabalhadores de "colaboradores", escamoteiam que estes dão o trabalho em troca de um salário que deve pagá-los devidamente. Um colaborador é um tipo que tem interesse na empresa, é alguém que deve estar ligado ao sucesso do local em que trabalha, embora estranhamente se tenham esquecido de lhe pagar os dividendos que dão aos accionistas e os milhões com que retribuem o CEO local.
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