Todos nós já sabemos como este Governo se tem especializado em alterar o significado das palavras, com a clara intenção de confundir os portugueses para melhor os manipular. Devemos dizer, em abono da verdade, que esta estratégia tem tido algum sucesso pois nota-se que um razoável número de cidadãos nossos tem sido levado a acreditar nas deturpações da verdade levadas a cabo pela propaganda governamental, com a ajuda de muitos simpatizantes neoliberais espalhados pela comunicação social.
Esta
situação não acontece de forma isolada já que tem a ver com uma estratégia idêntica
levada a cabo pela acção global do sistema capitalista na sua forma extremista
agora dominante. No texto que hoje assina no i, Nuno Ramos de Almeida desmonta de forma contundente mais uma manipulação
da realidade com que nos querem enganar.
As
palavras definem as coisas, às vezes de uma forma tão forte como as coisas
embatem nas palavras. Uma pedra não deixa de ser pedra por lhe chamar
erradamente "peixe", mas uma relação social depende muitas vezes do
conhecimento que os protagonistas têm dela. As palavras que usamos nela são
parte do problema e parte da solução.
A
pedra não deixa de cumprir a lei da gravidade quando cai, nem reflecte sobre o
seu enunciado, mas na vida humana as análises da nossa situação influenciam a
nossa vida, e as ditas leis sociais podem ser mudadas por acção dos próprios.
Quando
algumas criaturas chamam aos trabalhadores de "colaboradores",
escamoteiam que estes dão o trabalho em troca de um salário que deve pagá-los
devidamente. Um colaborador é um tipo que tem interesse na empresa, é alguém
que deve estar ligado ao sucesso do local em que trabalha, embora estranhamente
se tenham esquecido de lhe pagar os dividendos que dão aos accionistas e os
milhões com que retribuem o CEO local.
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