A voz dos credores é para se ouvir, a voz dos
militares que nos ajudaram a conquistar a democracia não.
(…)
O argumento real para PSD e CDS recusarem
liminarmente a intervenção dos militares de abril na cerimónia parlamentar
resume-se a algo muito simples: o medo de ouvirem o que não querem.
(…)
PSD e CDS não querem sobressaltos demasiados
porque, na sua visão do que é verdadeiramente importante, os mercados podem
enervar-se.
Vemos
correr lágrimas e gotas de sangue em milhões de cidadãos: por aí escorrem
dores, angústias, incertezas, medos do presente e do futuro.
(…)
O
Governo, há muito esgotado, já não se pode dar ao luxo de prometer mundos e
fundos, a não ser para um futuro radioso, mas tão longínquo que não alimentará
nenhum sonho.
(…)
Na
conferência de Imprensa da ministra das Finanças, o exercício da omissão das
medidas concretas que planeiam, e dos seus impactos reais, foi total.
(…)
A
dor, o sofrimento, a crucificação pode estar a ser apresentada em pílulas mais
douradas, mas serão para os mesmos.
Basta lembrar o fim das ditaduras
comunistas no Leste e o fenómeno que é a globalização, para se perceber como
seria impensável que hoje Portugal pudesse viver sob uma ditadura do tipo do
Estado Novo (1926-1974).
São José Almeida, Público (sem link)
Não há hoje censura, mas há
desigualdade extrema no acesso à informação.
Gustavo Cardoso, Público (sem link)
No
fundo, é difícil justificar porque é que os deputados não devem dedicar-se
exclusivamente à representação dos eleitores.
Joana
Amaral Dias, CM (sem link)
Foi
uma tragédia, num momento como o que vivemos, termos alguém tão impreparado
para chefiar o Governo.
Pedro
Adão e Silva, Expresso (sem link)
A
democracia não se decreta. Precisa que a maioria dos cidadãos tenha as
condições materiais e a autonomia para a exercer.
Daniel
Oliveira, Expresso (sem link)
[Passos
Coelho] acusa a oposição de segregar o medo entre os pensionistas, quando é o
próprio Governo que esse medo semeia.
Pedro
Santos Guerreiro, Expresso (sem link)
Este
ajustamento exige e assenta no esmagamento da classe média.
Nicolau
Santos, Expresso Economia (sem link)
No
final da entrevista de Passos Coelho à SIC fiquei com duas certezas: a primeira
é a de que o primeiro-ministro gosta tanto de reformados como do défice; a
segunda é a de que está convencido de que se acabasse com uns dava conta do
outro.
João Garcia, Expresso (sem link)
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