quinta-feira, 20 de novembro de 2014

AS TRAGÉDIAS QUE O SISTEMA TECE



OMS alerta para problema da falta de abastecimento de água
Alguma comunicação social de hoje, em especial a escrita, referia um relatório ontem divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) onde se afirma que “um total de 748 milhões de pessoas não possuem acesso a água potável de forma sustentada em todo o mundo e calcula-se que outros 1800 milhões usem uma fonte que está contaminada com fezes”.
Ainda segundo o mesmo estudo, “2500 milhões de pessoas não têm acesso a um saneamento adequado e que mil milhões defecam ao ar livre, nove em cada dez, em áreas rurais”.
“O texto recorda que o acesso a água potável e a saneamento adequado tem implicações num amplo leque de aspectos, desde a redução da mortalidade infantil, passando pela saúde materna, o combate de doenças infecciosas, redução de custos sanitários e no meio ambiente”.
De qualquer maneira, nem tudo são más notícias porque se verifica que quando há empenhamento dos governos, é possível melhorar significativamente as condições de vida das populações. A prova disso é que “nas duas últimas décadas, 2300 milhões de pessoas conseguiram aceder a fontes de água melhoradas”, além de que, “no mesmo período, o número de mortes de crianças devido a doenças diarreicas – muito relacionadas com o saneamento precário – caiu de 1,5 milhões em 1990 para 600 mil em 2012”.
Relativamente a estas informações, o que se constata é que ainda há muito que fazer pelo mundo em matéria de abastecimento de água potável e os progressos obtidos foram muito lentos, tendo em atenção as necessidades existentes. O acesso fácil das populações a água potável evitaria com facilidade um sem número de doenças e mortes. As dificuldades existentes nesta área têm muito a ver com o aproveitamento de um bem essencial, como é a água, para chorudos negócios de empresas multinacionais. Em alguns locais do mundo, como por exemplo na Irlanda, já se verificam fortes protestos das populações.    

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