Da entrevista de Pablo Iglesias ao
Expresso, publicada ontem, compilámos as afirmações que consideramos mais
importantes:
O Podemos são os cidadãos a fazer política.
O Podemos
é o resultado do fracasso dos partidos que não souberam estar á altura
histórica das circunstâncias.
Fomos audazes e a audácia é fundamental para entender
o nosso êxito.
O 15-M
mostrou que o ambiente político em Espanha tinha mudado e a relação da
sociedade com as elites políticas também.
Sou de esquerda mas creio que a distinção esquerda-direita
não serve para compreender o mapa político.
Não renunciamos
aos nossos valores mas descrevemos muito melhor a realidade em termos de cima e
baixo.
Trabalhei no Parlamento Europeu com Marisa Matias
e descobri uma pessoa honrada que não precisa de viajar em Executiva.
Ela parece
do Podemos.
O importante é que quem se dedique à política se
pareça com as pessoas normais.
Defendemos
o direito da mulher a decidir [sobre o aborto].
Como democratas achamos bem que se pergunte aos
catalães e que estes digam ao conjunto dos espanhóis que relação jurídica
querem com o resto do Estado.
[Na Europa]
a maioria das decisões que afetam os cidadãos é tomada em instância não
eleitas.
A austeridade empobreceu a maioria dos europeus
mas uma minoria quase não paga impostos.
Não é
desejável [a Espanha sair da UE], tal como não é possível abandonar o euro.
Sou europeísta mas a soberania está nas pessoas.
[Estou]
muito frustrado pela grande coligação entre socialistas e populares, de acordo
com tudo.
No Podemos somos obrigados a doar dois terços
[do que ganhamos].
Se os
defensores dos direitos sociais e da democracia não atuarem, pode chegar o
pesadelo dos anos 30.
Temos um programa de resgate social que qualquer
social-democrata europeu acharia razoável há 20 anos.
Propomos
uma reforma fiscal para que as grandes fortunas paguem impostos e investimento
para estimular a economia.
Queremos subir o salário mínimo e ajudar os
desempregados, injetar dinheiro do Estado.
Estendemos
a mão a todos os que admitirem que é possível fazer política de outra maneira,
pondo os interesses dos cidadãos à frente dos dos bancos e especuladores.
Só pedimos que tudo aquilo
por que lutaram os nossos pais e avós e nos estão a querer arrebatar se torne
realidade.
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