A mentira é hoje um ingrediente essencial da
governação das democracias limitadas em que vivemos.
(…)
As troikas não são eleitas - e, no entanto, são
elas que nos governam.
(…)
O que não nos será lembrado é que não é preciso
programa cautelar para nos serem impostos mais pacotes de austeridade.
As
afirmações do primeiro-ministro e de muitos outros membros do Governo
relativamente ao Documento de Estratégia Orçamental (DEO) mostram-nos um
programa de governação assente em promessas, mentiras e roubos.
(…)
As
palavras honestas e duras fazem parte das armas de quem se quer libertar.
(…)
O
anúncio da disponibilidade para aumentar o SMN [salário mínimo nacional] não
passa de isco numa campanha ignóbil que visa, nomeadamente, fazer passar um
plano de destruição total da contratação coletiva.
(…)
Não
pode valer tudo. É preciso revoltarmo-nos, dizer não às falsas promessas, à
mentira e ao roubo, e agir pela afirmação de políticas alternativas.
Se há desejos que deveríamos
partilhar para tornar as nossas sociedades, de novo, mais habitáveis e mais
equilibradas, eles deveriam passar pela introdução de uma taxa progressiva 0.1%
a 0.5% (para impedir apenas a acumulação excessiva e não a acumulação positiva)
das grandes fortunas dos 1% mais ricos entre nós.
Gustavo
Cardoso, docente do ISCTE e investigador, Público (sem
link)
Quanto à reforma do Estado, também ficou claro
que o Governo se limitou a reduzir o valor do trabalho.
São
José Almeida, Público (sem link)
No fundo, o PS está disposto a ir
para o Governo com os partidos da direita “ultraliberal” mais “troikistas que a troika”.
(…)
É tempo de fazer a coragem voltar
e de virar à esquerda, entregando os votos aos partidos de esquerda, que não
estão comprometidos com esta política.
Cipriano Justo, Advogado, Público
(sem link)
Não
se gere a economia, gerem-se as vítimas, conforme a sua capacidade de
resistência a cada momento.
Daniel
Oliveira, Expresso (sem link)
A
incompetência grassa no Governo com tal intensidade que este é incapaz de
concretizar a estratégia que definiu para si próprio.
Pedro
Adão e Silva, Expresso (sem link)
Demos
graças ao DEO, que reduz as indemnizações compensatórias às empresas públicas
de transportes, com o objectivo de persuadir os cidadãos a levar uma vida mais
saudável, andando mais a pé, porque os preços dos títulos de transportes vão aumentar.
Nicolau
Santos, Expresso Economia (sem link)
“Prisão
suja” seria o termo mais adequado [em vez de saída limpa].
Joana
Amaral Dias, CM (sem link)
Mais
vale dizer a verdade toda. Que o caminho é para continuar, que os credores nos
não deixarão, que o FMI pensa o que o Governo lhe transmite e exige o que o
Governo não deixa de querer.
Carlos
Encarnação, antigo presidente da Câmara de Coimbra pelo PSD, Diário de Coimbra (sem
link)
O
aumento do IVA e da TSU é só mais uma prova de que a palavra dos mais altos
decisores políticos pouco vale.
Fernando Madrinha, Expresso (sem
link)
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