Os
partidos que fazem parte da coligação de direita que (des)governa o país
assumiram na actual campanha eleitoral para o Parlamento Europeu uma postura da
maior falta de vergonha depois da destruição que levaram a cabo em Portugal,
sob a capa da imposição da troika, mas da sua inteira responsabilidade, já que
até disseram durante muito tempo que queriam ir “além da troika”. Não têm uma
ponta de desculpa nem merecem o mais pequeno benefício da dúvida. A sua atitude
é de autêntica provocação à esmagadora maioria do povo português, constituída
como vítima de um bando de quase malfeitores encartados às ordens de uma
potência estrangeira.
Em
três anos, perdemos tanto na nossa vida que não seria pensável no maior dos pesadelos.
Para além do brutal aumento de impostos, dos cortes de igual magnitude nas
reformas e pensões, no ataque sem precedentes à escola pública e a toda a
estrutura do Estado social, há quatro exemplos paradigmáticos do recuo de
décadas em tão pouco tempo, expressos num significativo gráfico apresentado por
Francisco Louçã na sua habitual participação às sextas-feiras na edição da
noite (22horas) da SIC Notícias
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O Produto Interno Bruto (PIB) recuou
até ao ano 2000. Perdemos, portanto, 14 anos.
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Nos salários da Função Pública
recuámos mais de 30 anos. Estamos ao nível de 1981.
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Quanto ao emprego perdemos
praticamente 20 anos já que retrocedemos para 1995.
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No que diz respeito aos contratos a
prazo andámos para trás 25 anos. Estamos na situação de 1989.
Num curtíssimo período de três anos,
tanto que foi perdido na vida dos portugueses!
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