O displicente "que se lixem as eleições"
de Passos Coelho virou escárnio da democracia às mãos da troika.
(…)
Manda quem paga e quem paga manda que se faça um te
deum de louvor à austeridade no dia em que ela está em juízo pelo povo.
(…)
Passos Coelho e Paulo Portas estremecem de emoção
com o "fim do protetorado". Pois bem, Portugal é hoje um território
não autónomo sob mandato da troika.
A
responsabilização do desempregado pela sua condição e a eliminação do direito a
um subsídio que o proteja, como acontece com a maioria dos desempregados,
agride e humilha cada mulher e cada homem que se vê nessa situação.
(…)
A
perda de proteção social como direito e a existência de reformas de miséria
isolam os mais velhos, humilhando-os perante a família e a sociedade.
(…)
Propositadamente
o Governo promoveu, no plano nacional e europeu, o empobrecimento como valor.
(…)
A
cereja em cima do bolo, neste processo de humilhação do nosso país, é o anúncio
de um fórum do Banco Central Europeu, para 25 de maio, dia das eleições
europeias, em que estarão presentes Durão Barroso e a presidente do FMI.
Há um programa rígido que permanece imposto ao
país, em que as pessoas vão continuar a ser penalizadas com austeridade e vão
continuar a ser afectadas na sua qualidade de vida e no seu nível de vida, que
tem sido sujeito a forte erosão.
(…)
Por que razão tem [Cavaco Silva] tanta sede de
ficar do lado do Governo na fotografia do momento da saída da troika?
São José Almeida, Público (sem link)
Redução da taxa de
desemprego continua alimentada pela emigração, demografia e desistências.
Mercado do trabalho cada vez mais agressivo.
O
Governo assumiu a pressão sobre o Tribunal Constitucional como nunca antes tinha
feito.
Pedro
Santos Guerreiro, Expresso (sem link)
O
PS ganhará eleições, mas uma vez no poder não terá alternativa estratégica e já
não poderá queixar-se de cartas secretas.
Pedro
Adão e Silva Expresso (sem link)
Ninguém
quer saber se este resgate cumpriu algum dos seus objectivos. Endividámo-nos
ainda mais, perdemos espaço de manobra para renegociar uma dívida insustentável
que deixou de estar nas mãos da banca internacional e afundámos o país numa
crise sem fim à vista.
Daniel
Oliveira, Expresso (sem link)
Com
efeito, três anos depois, o ajustamento deixa uma classe média pauperizada,
meio milhão de desempregados de longa duração, 300 mil jovens emigrados, um Estado
social enfraquecido, um modelo económico assente em baixos salários e uma
enorme carga fiscal que será ainda agravada em 2015.
Nicolau
Santos, Expresso Economia (sem link)
A desvalorização da verdade é a herança moral
mais perniciosa deixada por estes três anos.
Carlos
Rodrigues, CM (sem link)
Passos
Coelho tem um problema com a verdade, é certo. Mas tem outro ainda maior com o
seu pensamento.
Joana
Amaral Dias, CM (sem link)
O
Governo aplicou o memorando de forma ignóbil: de cócoras perante os poderosos,
explorando os mais fracos.
Paulo Morais, CM (sem
link)
Sem comentários:
Enviar um comentário