Quase
escondida numa página interior do JN de ontem vem uma notícia grave referente
ao agravamento da situação dos pensionistas no curto prazo. A mesma notícia tem
origem no Observatório sobre Crises e Alternativas, coordenado por Manuel
Carvalho da Silva e ligado ao Centro de estudos Sociais da Universidade de
Coimbra.
O
Observatório sobre Crises e Alternativas, ligado ao Centro de Estudos Sociais,
defende que são as medidas de austeridade que colocam as pensões em risco e não
o envelhecimento da população.
"Nos
últimos anos e no que se prevê para 2014 (Orçamento do Estado Retificativo), o
Saldo do Sistema Previdencial é fortemente penalizado - cerca de três mil
milhões de euros a menos face ao saldo de 2011 - em consequência da perda de
contribuições (cerca de menos 1,4 mil milhões de euros) e do aumento da despesa
em prestações de desemprego (mais de 1,6 mil milhões de euros)", defende o
Barómetro das Crises, publicado pelo observatório.
Isso
significa, de acordo com o mesmo documento, que não tem sido o aumento das
despesas com pensões a afetar o saldo da Segurança Social, o que estaria ligado
ao envelhecimento da população ou à subida da pensão média, mas sim a redução
das contribuições e o aumento da despesa com subsídios de desemprego.
"São
estes os fatores de curto prazo que mais afetam o equilíbrio das contas da
Segurança Social", sublinha o Barómetro, que lembra que "até há bem
pouco tempo não se vislumbravam indícios de problemas de financiamento [do
sistema de pensões português] a longo prazo".
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