Para a reflexão estratégica que o País tem de fazer
já sobre os seus próximos dez anos, o Tratado Orçamental é o divisor de águas.
(…)
O Tratado Orçamental é a constitucionalização da
austeridade, ou seja a sua eternização como matriz das políticas para Portugal.
(…)
Assumir o Tratado Orçamental como um dado e ao
mesmo tempo ser um bocadinho contra ele é algo que é politicamente desonesto.
(…)
Na política portuguesa há o arco do Tratado
Orçamental e o arco da democracia constitucional. E entre os dois campos não há
meios campos.
As nossas democracias ainda não encontraram remédio
para evitar que atrevidos analfabetos funcionais continuem a ser eleitos para
as mais delicadas funções políticas.
Comparando
o poder de compra da remuneração líquida dos trabalhadores da Administração
Pública de 2014 com o que tinham em 2010, observa-se que estes trabalhadores
tiveram, neste período, uma perda de cerca de 20%.
(…)
Os
países desenvolvem-se com a valorização do trabalho.
(…)
Se
a contratação coletiva for aniquilada, haverá um profundo retrocesso nas
relações laborais, mas também nas relações sociais em geral.
Uma
alternativa real de governação para o imediato – não aquilo que gostaríamos de
imaginar para o dia de São Nunca – passa pela aproximação conjuntural das
esquerdas.
Os milhares de casas, carros,
empresas, bens que foram consumidos nesta voragem da “dívida”, que tornou
famílias e pessoas solventes naquilo que nunca imaginaram que iam ser,
insolventes, oferece um contraste flagrante com a prática reiterada de evasão e
fuga fiscal dos mais ricos com dimensões muito significativas.
Pacheco Pereira, Público (sem link)
A escolha de Paulo Mota Pinto
para chairman [do BES] é de bradar
aos céus.
Pedro Santos Guerreiro, Expresso (sem link)
O processo das PPP é parecido com
a concessão do tabaco: o Estado escolhe quem, de entre os ricos, se tornará
milionário.
Maria Filomena Mónica, Expresso (sem link)
A brincar leviana e gratuitamente
com a Constituição, o PSD está a transformar-se no Tea Party português.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)
O aumento da desigualdade não é
apenas consequência da crise. Foi a sua primeira causa porque substituiu o
rendimento do trabalho por crédito e assim alimentou um capitalismo financeiro
improdutivo.
Daniel Oliveira, Expresso (sem link)
O
resultado [do que este Governo tem feito] é que temos menos Estado – mas muito
pior Estado.
Nicolau Santos, Expresso Economia (sem
link)
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