Nas
eleições de há uma semana para o Parlamento Europeu, o primeiro-ministro
não-eleito Matteo Renzi obteve o melhor resultado de sempre do centro-esquerda
em Itália, com 40,8%, e foi o mais votado de todos os partidos europeus. Numa altura
em que as populações se mostram tão decepcionadas com os seus eleitos, só um
facto especial pode justificar um resultado tão estrondoso. E esse facto talvez
esteja resumido no último parágrafo de um texto do correspondente do Expresso em
Roma: “Sem a experiência de Renzi como autarca, a relação direta com os
eleitores através das redes sociais, a redução de 80 euros mensais no IRS,
os mil milhões de euros que exigiu aos bancos porque “não é justo que paguem
sempre os mesmos” e as leis sobre reformas, os progressistas não teriam
ganho.” (o sublinhado é nosso)
O povo está tão escaldado com promessas
de manhãs radiosas que sistematicamente não se concretizam por falsas razões
inventadas à pressa que, quando aparece um político com acções concretas
sentidas no bolso de cada cidadão, isso se faz sentir imediatamente nos resultados
das eleições.
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