segunda-feira, 2 de junho de 2014

SER CREDÍVEL


Nas eleições de há uma semana para o Parlamento Europeu, o primeiro-ministro não-eleito Matteo Renzi obteve o melhor resultado de sempre do centro-esquerda em Itália, com 40,8%, e foi o mais votado de todos os partidos europeus. Numa altura em que as populações se mostram tão decepcionadas com os seus eleitos, só um facto especial pode justificar um resultado tão estrondoso. E esse facto talvez esteja resumido no último parágrafo de um texto do correspondente do Expresso em Roma: “Sem a experiência de Renzi como autarca, a relação direta com os eleitores através das redes sociais, a redução de 80 euros mensais no IRS, os mil milhões de euros que exigiu aos bancos porque “não é justo que paguem sempre os mesmos” e as leis sobre reformas, os progressistas não teriam ganho.” (o sublinhado é nosso)
O povo está tão escaldado com promessas de manhãs radiosas que sistematicamente não se concretizam por falsas razões inventadas à pressa que, quando aparece um político com acções concretas sentidas no bolso de cada cidadão, isso se faz sentir imediatamente nos resultados das eleições.

Sem comentários:

Enviar um comentário