AUMENTA FOSSO ENTRE RICOS E POBRES

Segundo o índice dos 300 mais ricos do mundo da agência Bloomberg, no ano passado o fundador da Microsoft, Bill Gates, foi o homem mais rico do mundo. O fundador da multinacional tecnológica aumentou a sua fortuna em 11458 milhões de euros graças à valorização de cerca de 40% das acções da Microsoft.

O investidor mexicano Carlos Slim que foi dos poucos que registou uma descida na sua fortuna viu-a “cair” para segundo lugar por ter perdido 1015 milhões de euros. Mesmo assim, este senhor tem um império avaliado em 53521 milhões de euros…

O investidor especializado em casinos Sheldon Adelson foi o segundo empresário mais beneficiado em 2013, uma vez que a sua fortuna subiu 10443 milhões de euros, em boa parte devido ao desempenho do jogo na Ásia, com a sua riqueza a totalizar 26905 milhões de euros.

A nível europeu, o espanhol Amancio Ortega é o mais rico com uma fortuna 48154 milhões de euros. O fundador da cadeia de lojas Inditex, dona da Zara viu a sua riqueza aumentar 6454 milhões de euros o ano passado.

Mas o dado mais significativo que a Bloomberg trouxe ontem a público é que as 300 pessoas mais ricas do mundo acrescentaram à sua fortuna, durante 2013, 380 mil milhões de euros, num total de 2,7 biliões de euros. A importância desta informação é que a concentração da riqueza está a aumentar visivelmente com o fosso entre ricos e pobres a crescer a olhos vistos. O domínio do neoliberalismo no mundo não pode, de modo algum, ser alheio a esta disparidade. Antes pelo contrário, a sua acção vai no sentido de a fazer crescer. Jamais o mundo terá sossego enquanto a desigualdade na repartição da riqueza atingirem as proporções gigantescas actualmente existentes. É uma dúvida que ninguém deve alimentar.